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Veja como funciona a Teoria da Resposta ao Item – TRI no Enem

Oi pessoal!

Quem vai fazer o Enem já deve conhecer a Teoria de Resposta ao Item – TRI, o sistema de cálculo de notas do exame.

Não conhece? Então veja como funciona.

As notas das provas do ENEM são calculadas de formas diferentes dos vestibulares. Uma das formas de avaliar as questões do ENEM é a teoria do TRI – Teoria de Resposta ao Item. Trata-se de um sistema de distribuição de notas que analisa as questões que o estudante respondeu corretamente e dá um peso específico para cada acerto. Ou seja, tenta evita o famoso “chute” quando o estudante não sabe a questão e responde qualquer coisa.

Na verdade, não faz parte da utilização da TRI eliminar qualquer resposta de qualquer pessoa numa prova. Pelo contrário, o objetivo é determinar o desempenho de cada pessoa em uma prova com base nas respostas dessa pessoa a todas as questões desta prova.



Para entender melhor como funciona o “sistema anti-chute”, o site Seja Bixo! publicou uma comparação que pode ajudar a entender esse método. Veja só:

Imaginemos que cada questão é como se fosse um tipo de gol que um jogador pode marcar. Temos o gol de falta de longe, gol de falta de perto, com barreira, sem barreira, gol de cabeça, gol de bicicleta, gol de pênalti, gol do meio de campo, gol de entrar com bola e tudo. Agora imaginem um gol de batata da perna, aquele que a bola bate na panturrilha do jogador e vai para a rede. Vocês acham que este é um gol que acontece muito nos campeonatos, ou é muito raro? Quando acontece, será que o jogador quis fazer um gol de batata da perna ou será que foi sorte, a bola bateu na sua panturrilha e entrou? Vocês vão concordar que esse tipo de gol é meio sem querer, certo? Concordam também que é raro de acontecer, não é verdade? Entretanto, se a bola bateu na rede, é gol. Se for final de campeonato, gol de panturrilha pode dar o título ao time, pois este gol é legítimo!

Essa história de acerto casual em TRI é a mesma coisa. Pensemos que, no exemplo do futebol, nós queremos classificar os jogadores, criando um ranking de desempenho, do melhor para o pior. Para simplificar, vamos criar este ranking apenas com 4 jogadores:

– Jogador 1: fez 5 gols de cabeça, 2 de falta, 4 de entrar com a bola e tudo e fez um gol de batata-da-perna.

– Jogador 2: fez 6 gols de falta.

– Jogador 3: fez 1 gol de falta, 1 de cabeça e 1 de pênalti; fez um gol de barriga, outro de costas e outro de batata-da-perna.

– Jogador 4: fez 5 gols de cabeça e 1 de batata-da-perna

É claro que o Jogador 1 fica em primeiro. Entretanto, os jogadores 2, 3 e 4 fizeram 6 gols cada um. Mas ainda sim, o Jogador 2 teve um desempenho melhor entre eles. Se você está em dúvida em relação a isso, pense no seguinte, qual dos três você escalaria para o time que você torce? O Jogador 2 tem jeito de que é bom batedor de faltas e isso é bom para o time.

Pense agora qual dos 3 é o mais sortudo? Pensou no Jogador 3, pensou certo!

Pense depois no seu time, qual você traria depois do Jogador 2, o Jogador 3 ou o Jogador 4? O jogador 4 demonstrou ser um bom “cabeceador”. Não dá para saber no que o Jogador 3 é bom, a não ser em entrar na frente da bola quando ela vai para o gol para que esbarre nele. Mas, mesmo assim, o valor dos gols dele não diminuem por causa disso!

Assim como na TRI, não se descontam os pontos de nenhuma questão que a pessoa acerte ou erre! O algoritmo procura apenas balancear o impacto das questões mais acertadas e menos acertadas em pessoas que sejam consistentemente melhores em uma habilidade ou em outra.

Se chegar um Jogador 5 com 3 gols de cabeça marcados e nada mais, é claro que o Jogador 3 tem um desempenho acima dele, portanto, este Jogador 5 ficaria em último!

Entendeu?

Até mais!

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