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Vai ter um filho? Planilha ajuda a calcular os gastos da gestação à vida adulta

Olá, leitores!

Você é daqueles que gosta de planejar e organizar suas finanças? Então dê uma olhada neste artigo. Ele é direcionado a quem vai ter filho e quer calcular os gastos que vai ter da gestação à vida adulta

Para começar, o casal que espera a chegada de um filho deve ter em mente que, nos próximos 21 anos, terá de desembolsar entre R$ 200 mil e R$ 1 milhão, dependendo de sua condição econômica e disposição para investir no futuro herdeiro.

O cálculo, feito pelo professor da ESPM e presidente do Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), Adriano Maluf Amui, leva em conta gastos básicos com alimentação, educação, saúde e lazer.

Na hora de fazer as contas, é preciso levar em consideração as despesas essenciais, os gastos mais supérfluos e, no longo prazo, a necessidade de uma poupança. Para o educador financeiro e presidente da consultoria DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos, o ideal é que o custo do filho não ultrapasse 30% da renda média líquida do casal. Do contrário, o padrão de vida pode mudar drasticamente.

Com planejamento, especialistas mostram que é possível fazer um cálculo aproximado das despesas com o filho em cada fase da vida, da gestação à vida adulta. Entram na conta, ainda, os gastos não previstos, como festas de aniversário e passeios. E, se o orçamento apertar, há duas alternativas: fazer dívidas ou rever prioridades com o supérfluo.

Dicas para os pais

Gestação aos 5 anos de idade

Já na gravidez, vem os primeiros gastos:

  • decoração do quarto
  • roupas
  • fraldas
  • itens de higiene

Dica: o chá de bebê é a primeira chance para economizar. Os presentes devem ser calculados conforme a quantidade necessária.

Exames de pré-natal costumam ir além do ultrassom. Mesmo que o casal já pague plano de saúde, os hospitais oferecem serviços adicionais, como coleta de sangue do cordão umbilical e exame de audição do bebê.

Mas é quando a criança nasce que as despesas podem ir além do planejado:

  • festa de aniversário: bufê, decoração, teatrinho, palhaço
  • festas de amiguinhos: demandam a compra de presentes.

Dica: o presidente da DSOP orienta que tais gastos podem ser compensados com uma reserva financeira. Se as despesas imprevistas não couberem no bolso, o melhor é optar por alternativas mais baratas, como fazer a festa em casa.

  • Para o presidente do Invent, brinquedos não precisam ser caros. “O importante é que sejam estimulantes”.
  • Outra forma de economizar, segundo ele, é com as vacinas, que são encontradas na rede pública com facilidade.
  • Comprar muitas roupas é desnecessário, porque o bebê cresce rápido e elas são descartáveis.

Da mesma forma, há gastos importantes e, quase sempre, esquecidos como itens de segurança, telas de proteção para janela, protetores de tomada e travas de gaveta devem entrar na conta.

Resumindo:

  • Gastos essenciais: berço, fraldas, roupas, carrinho, exames pré-natal, obstetra, pediatra, remédios, vacinas, mobília do quarto, itens de segurança na casa.
  • Gastos opcionais: festa em bufê, decoração, babá eletrônica, coleta de sangue do cordão umbilical, presentes de aniversário, brinquedos.

5 a 10 anos de idade

Nesta fase, a criança passa a ter desejos materiais mais concretos. “A geração atual é educada digitalmente e conhece os aparelhos eletrônicos. Também gosta de copiar os amigos, como os que viajam à Disney”, comenta Domingos.

Para o professor Amui, há uma pressão social entre os pais. “Eles gostam de mostrar o que oferecem aos filhos”. Outro investimento que pesa são os cursos extracurriculares, como de idiomas ou esportes.

Segundo o educador Domingos, em vez de atender aos impulsos de consumo da criança, o pai pode fazer uma “faxina financeira” em casa, derrubando gastos em excesso.

Dica: “Com reuniões familiares, ele deve criar na criança um desejo de realização. Se ela quer um videogame, deve saber quanto precisa economizar de água, luz e telefone para comprar o aparelho”. Assim, introduz a ideia de que toda realização exige um sacrifício.

  • Gastos essenciais: escola, material escolar, uniforme, saúde, alimentação, roupas, transporte escolar.
  • Gastos opcionais: aparelhos eletrônicos (videogames, celulares, tablets), viagens, cursos livres (idiomas e esportes, por exemplo).

10 a 15 anos de idade

Perto da adolescência, os custos com educação pesam em cerca de 40% dos gastos totais, segundo o professor da ESPM. Ao desembolsar mais com escola, há oportunidade de reduzir outros gastos. “As despesas com telefonia diminuem quando o jovem passa mais tempo nos meios digitais, com sistemas Wi-Fi”.

Por outro lado, a forte ligação do adolescente com computadores e celulares exige que os pais contratem serviços de internet, conexão 3G, e façam planos de telefonia móveis, pré ou pós pagos.

Lazer e entretenimento também engordam as despesas nesta faixa etária. Nos casos de gastos supérfluos, os pais podem dar ao filho uma mesada e passar a ele a responsabilidade de custear a diversão, recomenda Amui. Se ele gastar tudo antes do fim do mês, fica sem o lazer. Daí, ele conhece o valor de poupar.

  • Gastos essenciais: escola, material escolar, alimentação, transporte escolar, vestuário, internet, aparelhos eletrônicos.
  • Gastos opcionais: entretenimento (cinema, festas, passeios), viagens de imersão, cursos extracurriculares, acessórios, mesada, conta de telefonia móvel, festa de debutante.

A partir dos 15 anos

Com mesada ou até poupança no banco, o adolescente passa a escolher uma carreira. Na opinião do presidente do DSOP, pais que interferem nesta escolha podem pagar caro. “Obrigá-lo a seguir uma profissão porque dá mais dinheiro pode criar frustração”. Há um risco maior de abandonar a faculdade e iniciar outra. Aí, o desembolso também aumenta.

Pais com boa condição financeira devem avaliar a possibilidade de um intercâmbio no exterior. Criar uma poupança com anos de antecedência é uma saída para famílias com este sonho, porém menos abastadas.

Quando o filho completa 18 anos, muitos pais querem presenteá-lo com um carro. Neste caso, é bom planejar a compra com antecedência, em vez de fazer um longo financiamento.

Dica: o professor Amui dá a dica. “Se você investir R$ 100 por mês desde o nascimento do seu filho, com renda de 10% ao ano, terá poupado R$ 57.670 em 18 anos”.

Durante a faculdade, o jovem tem o estágio como oportunidade de renda e aprendizado. Se ele chegar à formatura sem experiência, pode ter dificuldade em conseguir trabalho. Daí, é provável que o pai tenha que custear uma pós-graduação.

Entre as famílias com renda mais baixa, o adolescente costuma perceber a necessidade de trabalhar para ajudar nas despesas de casa. “Para este público, há programas de aprendiz nas escolas públicas para jovens da classes D, que garantem renda e aprendizado precoces”, explica Domingos.

E aí, pais, anotaram as dicas para economizar?

Selecionamos algumas planilhas de planejamento de gastos que vão te ajudar a organizar isso tudo. Experimente!

Até a próxima!

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