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Saiba mais sobre o Câncer de Mama através de casos reais

Olá, mulheres!

Falar sobre Câncer de Mama não é fácil, mas é necessário.

A médica mastologista Fabiana Baroni Alves Makdissi dá várias palestras sobre o tema, com objetivo informativo, educativo e uso de exemplos comuns às pessoas para que todos possam compreender melhor a importância de discutir esse assunto.

Como médico geralmente fala difícil, ela costuma mostrar às pessoas que assistem às suas palestras que o Câncer de Mama é importante porque acontece com uma quantidade de mulheres que encheriam “Um estádio do Mineirão por ano!” ao invés de dizer que as estatísticas previstas para 2014 foram de 57.000 novos casos. Assim fica bem mais fácil de lembrar e até se impressionar com o número.

Seguindo o mesmo padrão de pensamento, a doutora Fabiana usa o exemplo de famílias próximas, de sua própria família e da família da atriz Angelina Jolie para mostrar que todas as pessoas, sem exceção, tem o risco para desenvolver um câncer: os que assistem, a médica que dá a palestra, e a atriz famosa, linda, rica e magra.

Casos reais de câncer de mama

A doutora Fabiana explica que geralmente em suas palestras a maioria das pessoas não tem casos de câncer na família, ou têm de um a três parentes com câncer. Só que ela tem nada menos que oito parentes com a doença, sendo cada um com um tipo: estômago, intestino, mama, pele melanoma, pele não melanoma, bexiga, linfoma e pulmão.

Ao falar sobre essa inusitada situação em que vive, ela quer mostrar às pessoas que qualquer mulher que assiste à palestra e que não tenha câncer de mama na família carrega consigo um risco de 10% de ter esse tipo de câncer ao longo de sua vida. É pouco, mas não é zero. Só pelo fato de nascerem mulheres e estarem vivendo e envelhecendo todos os dias, já apresentam este risco.

É aqui que a doutora Fabiana faz uma pergunta importante:

– Se você sabe que tem 10% de risco de ter um câncer de mama ao longo de sua vida, e 90% de NÃO ter; até ouviu dizer que ter alguém morrendo por câncer é sofrido, mas não presenciou isso na sua casa, com sua mãe, sua irmã ou sua filha, nem mesmo com uma amiga próxima, e não tem nenhuma anormalidade em suas mamas, acha que é possível pensar em tirar as duas mamas em uma cirurgia longa, de risco e sem certeza do resultado final?

A maioria certamente não pensaria nisso, por mais que a Angelina Jolie tenha feito. E além do mais, nenhum médico aceitaria realizar uma cirurgia nestas circunstâncias. Nestes casos, a doutora orienta e tranquiliza a paciente dizendo que esse não é o seu caso e que nunca faria esta cirurgia nela.

Ela ainda conta que, mesmo em seu caso, com 8 parentes com câncer, não faria essa cirurgia. Mesmo sabendo que seu risco é maior que os 10% da população, não dá para saber o quanto é e não há como definir um causador de todos os casos. Ou seja, o risco não é tão elevado a ponto de se submeter a uma cirurgia para reduzi-lo.

Prevenção do câncer de mama

Câncer de mama é tão frequente na população feminina que tem exame de rastreamento. Ou seja, com ou sem queixas de dores ou sintomas, as mulheres devem fazer mamografia após os 40 anos. Mesmo assim, todos os anos, o equivalente a um ginásio do Ibirapuera lotado morre pelo câncer de mama.

Caso Angelina Jolie

A situação da atriz Angelina Jolie é diferente, já que ela tem 85% de risco de ter câncer de mama e 40% de risco de ter um câncer de ovário.

Nesse caso, com esse alto risco, com parentes próximos que sofreram com a doença, com a convivência do dia a dia do tratamento, fica a pergunta: será que tudo isso poderia ter sido evitado caso houvesse uma escolha? O que você faria?

Angelina Jolie arriscou. As cirurgias redutoras de risco são exceção. Só se aplicam para uma parcela muito pequena da população, mas uma população que verdadeiramente se beneficia dela. Por isso não podem nem virar “moda” nem tão pouco serem banalizadas por pacientes ou profissionais.

Se você tem dúvida se tudo isso se aplica a você, busque seu médico, pergunte, questione, descubra. Corra atrás da prevenção do câncer de mama.

Enquanto isso, como diz a doutora Fabiana Baroni Alves Makdissi, viva bem, faça escolhas saudáveis, faça os exames que precisa fazer de acordo com sua idade e seja feliz.

Até mais!

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