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Resumo de livro: Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles

Olá, leitor!

Publicado em 1953, Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, é um livro escrito na década de 40, após a autora visitar a cidade histórica de Ouro Preto (antiga Vila Rica), que foi palco da Inconfidência Mineira.

Naquela época, Cecília, ainda jornalista, foi documentar os eventos de uma Semana Santa na região. Contudo, como ela mesma disse, não pôde deixar de lado aquilo que os fantasmas sussurravam em seu ouvido. Então, começou a escrever de forma poética essa obra que fala sobre os acontecimentos fundamentais para o processo de Independência do Brasil e sobre a história de Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier), mártir e protagonista do livro.

Romanceiro é um gênero textual no qual são utilizados poemas e elementos da poesia épica para construir uma narrativa. A autora recorre à técnica ibérica dos romances populares, dando um caráter nacionalista ao livro ao usar fatos históricos, lendas e tradições para recriar a atmosfera de Vila Rica e os acontecimentos da Inconfidência Mineira de forma poética, sensível e única.

O título “Romanceiro”, inclusive, faz menção aos romances espanhóis medievais (na época, a palavra romance também servia para caracterizar livros em versos) e é usado porque a obra traz romances sobre diversos assuntos: a mineração, os altos impostos cobrados pela Coroa Portuguesa, a atmosfera de revolta e descontentamento, as rivalidades entre as pessoas, as injustiças sociais, as prisões, as reuniões dos inconfidentes, as traições, a morte de Tiradentes.

“Romance LX ou do caminho da forca

 

Os militares, o clero,

os meirinhos, os fidalgos

que o conheciam das ruas,

das igrejas e do teatro,

das lojas dos mercadores

e até da sala do Paço;

e as donas mais as donzelas

que nunca o tinham mirado,

os meninos e os ciganos,

as mulatas e os escravos,

os cirurgiões e algebristas,

leprosos e encarangados,

e aqueles que foram doentes

e que ele havia curado

– agora estão vendo ao longe,

 

de longe escutando o passo

do Alferes que vai à forca,

levando ao peito o baraço,

levando no pensamento

caras, palavras e fatos:

as promessas, as mentiras,

línguas vis, amigos falsos,

coronéis, contrabandistas,

ermitões e potentados,

estalagens, vozes, sombras,

adeuses, rios, cavalos…

 

Ao longo dos campos verdes,

tropeiros tocando o gado…

O vento e as nuvens correndo

por cima dos montes claros.

Onde estão os poderosos?

Eram todos eles fracos?

Onde estão os protetores?

Seriam todos ingratos?

Mesquinhas almas, mesquinhas,

dos chamados leais vassalos!

 

Tudo leva nos seus olhos,

nos seus olhos espantados,

o Alferes que vai passando

para o imenso cadafalso,

onde morrerá, sozinho

por todos os condenados.

 

Ah, solidão do destino!

Ah, solidão do Calvário…

Tocam sinos: Santo Antônio?

Nossa Senhora do Parto?

Nossa Senhora da Ajuda?

Nossa Senhora do Carmo?

Frades e monjas rezando.

Todos os santos calados.

 

(Caminha a Bandeira

da Misericórdia.

Caminha, piedosa.

Caísse o réu vivo

 rebentasse a corda,

que o protegeria

a Santa Bandeira

da Misericórdia!)

 

Dona Maria Primeira,

aqueles que foram salvos

não vos livram do remorso

deste que não foi perdoado..

(Pobre Rainha colhida

pelas intrigas do Paço,

pobre Rainha demente,

com os olhos em sobressalto,

a gemer: “Inferno… Inferno…”

com seus lábios sem pecado.)

 

Tudo leva na memória

o Alferes, que sabe o amargo

fim do seu precário corpo

diante do povo assombrado.

 

(Aguas, montanhas, florestas,

negros nas minas exaustos…

– Bem podíeis ser, caminhos,

de diamante ladrilhados…)

 

Tudo leva na memória

 em campos longos e vagos,

tristes mulheres que ocultam

seus filhos desamparados.

Longe, longe, longe, longe,

no mais profundo passado…

– pois agora é quase um morto,

que caminha sem cansaço,

que por seu pé sobe à forca,

diante daquele aparato…

 

Pois agora é quase um morto,

partindo em quatro pedaços,

e – para que Deus o aviste –

levantado em postes altos.

 

(Caminha a Bandeira

da Misericórdia.

Caminha, piedosa,

nos ares erguida,

mais alta que a tropa.

Da forca se avista

a Santa Bandeira

da Misericórdia.)”

Romanceiro da Inconfidência: resumo

Fonte: Canal do Ensino

 

Estrutura da obra

A obra Romanceiro da Inconfidência é um conjunto de romances, que são nada mais que poemas curtos de caráter lírico e narrativo, reunidos para formar um “canto” que, antigamente, era transmitido de forma oral pelos trovadores.

As influências diretas dessa obra são as poesias épicas e os romances medievais específicos da produção poética da Península Ibérica, que utilizavam técnicas para a construção de versos, rimas e melodias que davam mais força, autenticidade, evocação e beleza poética a episódios históricos ou a contos populares.

Os romanceiros eram muito conhecidos no século XV, em regiões da Espanha e de Portugal, sendo utilizados para diversas finalidades: informação, diversão e entretenimento, doutrinamento religioso ou político, entre outras. Assim, podemos caracterizar esse livro como uma obra lírica de contexto épico com narrativa apoiada em reflexões históricas brasileiras.

Em toda a obra, existe uma unidade de composição, ou seja, um elo entre as temáticas de todos os poemas/romances que a formam. No livro, há três principais aspectos a serem analisados na questão estrutural:

Romances

Com 85 romances, além de outros 10 poemas, que dão um total de 95 textos, a obra retrata os cenários da Inconfidência Mineira, dando ênfase ao clima de revolta, não ao fato histórico em si.

Na maioria dos textos, há a utilização da redondilha menor – versos de cinco sílabas métricas (pentassílabo) – e da redondilha maior – versos de sete sílabas métricas (septissílabo); contudo, também é possível encontrar versos mais curtos e mais longos. Outro fato digno de nota é que os romances não estão dispostos em ordem cronológica, mas podem surgir isolados ou em ciclos temáticos.

Cenários

Os cenários são muito importantes: por meio deles que notamos a mudança de atmosfera entre os romances. Os cenários marcam as mudanças de ambientes e de acontecimentos, possuindo atmosferas algumas vezes mais alegres, outras sombrias e melancólicas, por vezes tristes, e por aí vai.

Falas

As falas em meio aos romances são destinadas a dar voz ao poeta-narrador, como se fossem intervenções da autora para fazer comentários com o intuito de gerar reflexões sobre determinados assuntos abordados nos poemas.

Portanto, dividindo a obra em partes, temos:

Parte 1

Fala Inicial, Cenário, Romance 1 ou Da Revelação do Ouro, Romance 2 ou Do Ouro Incansável, Romance 3 ou Do Caçador Feliz, Romance 4 ou Da Donzela Assassinada, Romance 5 ou Da Destruição de Ouro Podre, Romance 6 ou Da Transmutação dos Metais, Romance 7 ou Do Negro nas Catas, Romance 8 ou Do Chico-Rei, Romance 9 ou De Vira-E-Sai, Romance 10 ou Da Donzelinha Pobre, Romance 11 ou Do Punhal e da Flor, Romance 12 ou De Nossa Senhora da Ajuda, Romance 13 ou Do Contratador Fernandes, Romance 14 ou Da Chica da Silva, Romance 15 ou Das Cismas de Chica da Silva, Romance 16 ou Da Traição do Conde, Romance 17 ou Das Lamentações no Tejuco, Romance 18 ou Dos Velhos no Tejuco e Romance 19 ou Dos Maus Presságios.

Parte 2

Cenário, Fala à Antiga Vila Rica, Romance 20 ou Do País da Arcádia, Romance 21 ou Das Ideias, Romance 22 ou Do Diamante Extraviado, Romance 23 ou Das Exéquias do Príncipe, Romance 24 ou Da Bandeira da Inconfidência, Romance 25 ou Do Aviso Anônimo, Romance 26 ou Da Semana Santa de 1789, Romance 27 ou Do Animoso Alferes, Romance 28 ou Da Denúncia de Joaquim Silvério, Romance 29 ou das Velhas Piedosas, Romance 30 ou Do Riso dos Tropeiros, Romance 31 ou De Mais Tropeiros, Romance 32 ou Das Pilatas, Romance 33 ou Do Cigano que viu Chegar o Alferes, Romance 34 ou De Joaquim Silvério, Romance 35 ou Do Suspiroso Alferes, Romance 36 ou Das Sentinelas, Romance 37 ou De Maio de 1789, Romance 38 ou Do Embuçado, Romance 39 ou De Francisco Antônio, Romance 40 ou Do Alferes Vitoriano, Romance 41 ou Dos Delatores, Romance 42 ou Do Sapateiro Capanema, Romance 43 ou Das Conversas Indignadas, Romance 44 ou Da Testemunha Falsa, Romance 45 ou Do Padre Rolim, Romance 46 ou Do Caixeiro Vicente, Romance 47 ou Dos Sequestros e Fala aos Pusilânimes.

Parte 3

Romance 48 ou Do Jogo de Cartas, Romance 49 ou De Cláudio Manuel da Costa, Romance 50 ou De Inácio Pamplona, Romance 51 ou Das Sentenças, Romance 52 ou Do Carcereiro, Romance 53 ou Das Palavras Aéreas, Romance 54 ou Do Enxoval Interrompido, Romance 55 ou Do Preso Chamado Gonzaga, Romance 56 ou Da Arrematação dos Bens do Alferes, Romance 57 ou Dos Vãos Embargos, Romance 58 ou Da Grande Madrugada, Romance 59 ou Da Reflexão Dos Justos, Romance 60 ou Do Caminho da Forca, Romance 61 ou Dos Domingos do Alferes, Romance 62 ou Do Bêbedo Descrente, Romance 63 ou Do Silêncio do Alferes e Romance 64 ou De Uma Pedra Crisólita.

Parte 4

Cenário, Romance 65 ou Dos Maldizentes, Romance 66 ou De Outros Maldizentes, Romance 67 ou Da África dos Setecentos, Romance 68 ou De Outro Maio Fatal, Romance 69 ou Do Exílio de Moçambique, Romance 70 ou Do Lenço do Exílio, Romance 71 ou De Juliana de Mascarenhas Imaginária Serenata, Romance 72 ou De Maio no Oriente, Romance 73 ou Da Inconformada Marília, Romance 74 ou Da Rainha Prisioneira Fala à Comarca do Rio das Mortes, Romance 75 ou De Dona Bárbara Heliodora, Romance 76 ou Do Ouro Fala, Romance 77 ou Da Música de Maria Ifigênia, Romance 78 ou De Um Tal Alvarenga, Romance 79 ou Da Morte de Maria Ifigênia e Romance 80 ou Do Enterro de Bárbara Heliodora.

Parte 5

Retrato de Marília em Antônio Dias, Cenário, Romance 81 ou dos Ilustres Assassinos, Romance 82 ou Dos Passeios da Rainha Louca, Romance 83 ou Da Rainha Morta, Romance 84 ou Dos Cavalos da Inconfidência, Romance 85 ou Do Testamento de Marília e Fala aos Inconfidentes Mortos.

 

“Cenário

 

Passei por essas plácidas colinas

e vi das nuvens, silencioso, o gado

pascer nas solidões esmeraldinas.

 

Largos rios de corpo sossegado

dormiam sobre a tarde, imensamente,

– e eram sonhos sem fim, de cada lado.

 

Entre nuvens, colinas e torrente,

uma angústia de amor estremecia

a deserta amplidão na minha frente.

 

Que vento, que cavalo, que bravia

saudade me arrastava a esse deserto,

me obrigava a adorar o que sofria?

 

Passei por entre as grotas negras, perto

dos arroios fanados, do cascalho

cujo ouro já foi todo descoberto.

 

As mesmas salas deram-me agasalho

onde a face brilhou de homens antigos,

iluminada por aflito orvalho.

 

De coração votado a iguais perigos

vivendo as mesmas dores e esperanças,

a voz ouvi de amigos e inimigos

 

Vencendo o tempo, fértil em mudanças,

conversei com doçura as mesmas fontes,

e vi serem comuns nossas lembranças.

 

Da brenha tenebrosa aos curvos montes,

do quebrado almocafre aos anjos de ouro

que o céu sustêm nos longos horizontes,

 

tudo me fala e entende do tesouro

arrancado a estas Minas enganosas,

com sangue sobre a espada, a cruz e o louro.

 

Tudo me fala e entendo: escuto as rosas

e os girassóis destes jardins, que um dia

foram terras e areias dolorosas,

 

por onde o passo da ambição rugia;

por onde se arrastava, esquartejado,

o mártir sem direito de agonia.

 

Escuto os alicerces que o passado

tingiu de incêndio: a voz dessas ruínas

de muros de ouro em fogo evaporado.

 

Altas capelas cantam-me divinas

fábulas. Torres, santos e cruzeiros

apontam-me altitudes e neblinas.

 

Ó pontes sobre os córregos! ó vasta

desolação de ermas, estéreis serras

que o sol frequenta e a ventania gasta!

 

Armado pó que finge eternidade,

lavra imagens de santos e profetas

cuja voz silenciosa nos persuade.

 

E recompunha as coisas incompletas:

figuras inocentes, vis, atrozes,

vigários, coronéis, ministros, poetas.

 

Retrocedem os tempos tão velozes

que ultramarinos árcades pastores

falam de Ninfas e Metamorfoses.

 

E percebo os suspiros dos amores

quando por esses prados florescentes

se ergueram duros punhos agressores.

 

Aqui tiniram ferros de correntes;

pisaram por ali tristes cavalos.

E enamorados olhos refulgentes

 

– parado o coração por escutá-los

prantearam nesse pânico de auroras

densas de brumas e gementes galos.

 

Isabéis, Dorotéias, Heliodoras,

ao longo desses vales, desses rios,

viram as suas mais douradas horas

 

em vasto furacão de desvarios

vacilar como em caules de altas velas

cálida luz de trêmulos pavios.

 

Minha sorte se inclina junto àquelas

vagas sombras da triste madrugada,

fluidos perfis de donas e donzelas.

 

Tudo em redor é tanta coisa e é nada:

Nise, Anarda, Marília…- quem procuro?

Quem responde a essa póstuma chamada?

 

Que mensageiro chega, humilde e obscuro?

Que cartas se abrem? Quem reza ou pragueja?

Quem foge? Entre que sombras me aventuro?

 

Quem soube cada santo em cada igreja?

A memória é também pálida e morta

sobre a qual nosso amor saudoso adeja.

 

O passado não abre a sua porta

e não pode entender a nossa pena.

Mas, nos campos sem fim que o sonho corta,

 

vejo uma forma no ar subir serena:

vaga forma, do tempo desprendida.

É a mão do Alferes, que de longe acena.

 

Eloquência da simples despedida:

“Adeus! que trabalhar vou para todos!…”

(Esse adeus estremece a minha vida.)”

Contexto histórico

Em 1789, inspirados pelas ideias iluministas europeias e pela Independência dos Estados Unidos (1776), alguns homens organizam a Inconfidência Mineira, um movimento para libertar a colônia de sua metrópole portuguesa. A colônia sofria pesada carga tributária sobre o ouro extraído de Minas Gerais, deixando os que viviam dessa renda cada vez mais descontentes.

Assim, donos de minas, profissionais liberais – como alguns poetas árcades – e outros começam a conspirar contra Portugal. Contudo, o movimento é delatado; os envolvidos, presos. Alguns são condenados ao exílio (Moçambique e Angola) e o único a ser executado na forca e depois esquartejado é Tiradentes, em 21 de abril de 1792.

Notas sobre a autora

Cecília Meireles (1901-1964) nasceu na cidade do Rio de Janeiro e desde pequena sentiu-se atraída pela leitura e pela literatura. Assim, tornou-se educadora e começou sua carreira escrevendo literatura infantil. No decorrer da sua vida, desenvolveu a escrita em diversas áreas, destacando-se na poesia e atuando como jornalista, ensaísta, cronista, tradutora e dramaturga.

Cecília Meireles é classificada como uma autora do Modernismo Brasileiro, da Geração de 1930, pois em sua obra encontramos muitos elementos simbolistas, românticos e parnasianos, como a musicalidade, o amor, a morte, o eterno, o efêmero, entre outros.

Relevância da obra

Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, possui grande relevância literária na poesia brasileira, primeiramente por pertencer à fase modernista da década de 30. A obra se caracteriza como uma narrativa rimada para reconstruir o episódio da Inconfidência Mineira por meio de uma poética extremamente lírica e intimista.

Cecília utiliza-se dos fatos históricos e dos cenários com a intenção de retratar os aspectos humanos dos acontecimentos, versando assim sobre revolta, medo, incerteza, amor, traição, conspiração, fracasso, esperança e cobiça.

A musicalidade dos versos também é notável. Por meio de símbolos e apelos sensoriais, Cecília Meireles faz com que sua poesia possua características da poética neo-simbolista, uma junção entre o Simbolismo e a menção a uma atmosfera sobrenatural para caracterizar os sentimentos das pessoas que vivenciaram aquela época.

O resgate da expressão poética provinda dos romances medievais da Península Ibérica, o contexto histórico brasileiro e a reconstrução dos acontecimentos de forma lírica, sensível e intimista fazem com que essa obra seja única na literatura.

“Fala aos inconfidentes mortos

 

Treva da noite,

lanosa capa

nos ombros curvos

dos altos montes

aglomerados…

Agora, tudo

jaz em silêncio:

amor, inveja,

ódio, inocência,

no imenso tempo

se estão lavando…

 

Grosso cascalho

da humana vida…

Negros orgulhos,

ingênua audácia,

e fingimentos

e covardias

(e covardias!)

vão dando voltas

no imenso tempo,

– à água implacável

do tempo imenso,

rodando soltos,

com sua rude

miséria exposta…

 

Parada noite,

suspensa em bruma:

não, não se avistam

os fundos leitos…

Mas, no horizonte

do que é memória

da eternidade,

referve o embate

de antigas horas,

de antigos fatos,

de homens antigos.

 

E aqui ficamos

todos contritos,

a ouvir na névoa

o desconforme,

submerso curso

dessa torrente

do purgatório…

 

Quais os que tombam,

em crime exaustos,

quais os que sobem,

purificados?”

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