Por que trabalhar com educação especial
Olá, leitor!
A educação avançou nos últimos anos no Brasil. Claro que existe muita coisa que precisa melhorar, uma dessas coisas é a qualidade e investimento na capacitação de professores em educação.
Isso porque, os professores que precisam ensinar alunos com necessidades especiais precisam de muito esforço e preparo para então, conseguirem oferecer um método de ensino que alcance os alunos.
Mas além de todo o trabalho que é importante nesta área, os profissionais que atuam na educação especial também aprendem muito. Mas por que trabalhar com educação especial? Confira!
Qual a importância da educação especial na escola?
Não faz muito tempo em que a escola não contemplava espaço para crianças que precisavam de uma educação inclusiva. Não porque a escola não queria, mas não havia espaço e profissionais para atuar nesta área.
Justamente por isso é que muitas crianças que apresentavam alguma deficiência eram “excluídas” da sociedade. Não iam para a escola, não tinham o convívio com outras crianças, o que as deixavam fora de todas as condições, estruturas e espaços para uma diversidade de educandos.
Vale lembrar que a e Educação Especial é uma área do conhecimento e passa a ser concebida pela Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008).
Ao trabalhar com a Educação Especial, o professor deve buscar para sua formação profissional o conteúdo pertinente e isso nem sempre é fácil.
Este profissional precisa planejar para então desenvolver algumas atividades específicas com seus alunos atendendo à demanda de cada um. Assim, esta é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem de alunos com deficiência.
Refazer a educação especial
A educação, como um processo com constantes transformações deve ser acompanhada por todos os profissionais da área, seja do setor administrativo, corporativo, tecnológico, pedagógico e até psicológico.
O momento é para refazer a educação escolar, seguindo novos paradigmas, preceitos, ferramentas e tecnologias educacionais.
As mudanças nas propostas educacionais da maioria das nossas escolas e em uma organização curricular idealizada e executada pelos seus professores, diretores, pais, alunos e todos os que se interessam pela educação na comunidade em que a escola se insere.
Logo, a educação é fundamental para a formação de qualquer indivíduo, portanto, os fins da educação especial devem ser os mesmos da educação geral.
Hoje, professores, alunos, pais e comunidade em geral têm necessidades diferenciadas do que era há um tempo. Logo, o professor não precisa ficar preso às respostas exemplares, mas precisa estar atento aos processos cognitivos de cada aluno.
Uma das grandes dificuldades é encontrar professores qualificados ou treinados para bom desempenho frente à realidade encontrada.
O papel do professor é poder enxergar em cada aluno o potencial que ele tem e assim trabalhá-lo. Assim como as limitações devem ser reconhecidas e abordadas com conhecimentos adequados para que o aluno não desista e desenvolva sua aprendizagem.
Assim, o planejamento do professor da sala de recursos deve ter como parceira a equipe escolar, a partir daí, pensar em quais as necessidades dentro do ambiente escolar. Porém, tudo isso requer uma mudança de postura, percepção e de concepção dos sistemas educacionais.
Dicas para trabalhar com a educação especial
Não podemos dizer que é fácil trabalhar com educação especial. Pode ser sim um desafio!
Os professores aprendem muito com todos os alunos e a educação especial ensina isso diariamente. Agora fique com algumas dicas para você trabalhar no seu dia a dia:
Mantenha a calma: é fundamental para o professor manter a calma durante as aulas. Claro que podem ocorrer momentos de estresse, mas o profissional precisa entender a situação e manter a tranquilidade, para deixar o aluno o mais confortável possível.
Mas esteja preparado para períodos difíceis, sendo calmo e consistente. Isto irá fortalecer a confiança de seus alunos em situações novas.
Seja flexível: compreenda que os alunos não têm o mesmo ritmo de aprendizado. Evite fazer comparações. Se você está neste trabalho é porque escolheu.
Claro que haverá momentos difíceis, como toda a profissão. O mais importante é conseguir adaptar o seu estilo de ensino de acordo com as necessidades pessoais de cada um deles.
Assuma várias funções: todo dia será de aprendizado. Em muitos momentos, será necessário conversar com os pais dos alunos assumindo mais um papel de orientador do que de professor.
Será necessário explicar a eles o desempenho do seu filho em sala de aula e na relação com os colegas. Você já deve entrar para a área sabendo que, provavelmente, enfrentará muitos desafios ao longo do ano letivo.
Procure buscar melhorias, ferramentas, conhecimentos e instrumentos por sua própria conta.
Haverão dias mais tranquilos, outros mais difíceis. E quando selecionar atividades, fale com seus alunos. Pergunte como se sentem e o que apreciariam. Esta tende a ser uma boa hora para uma lição de linguagem. Neste sentido, discuta opções com os alunos.
Educação especial: todos saem aprendendo
São muitos os desafios. Até mesmo o conceito de educação especial precisa ser ampliado. Primeiramente, passando da compreensão do termo “especial” como déficit para diferença, ou seja, mudar de uma educação que trabalha com a deficiência para uma educação que trabalha a partir da diversidade.
Claro que as limitações devem ser reconhecidas e abordadas com conhecimentos adequados para que o aluno não desista e desenvolva sua aprendizagem.
A inclusão é um processo constante que precisa ser continuamente revisto. Segundo relatório da ONU, todos se beneficiam da educação inclusiva. Veja as vantagens:
Estudantes com deficiências
- Aprendem a gostar da diversidade;
- Adquirem experiência direta com a variedade das capacidades humanas;
- Demonstram crescente responsabilidade e melhor aprendizagem por meio do trabalho em grupo, com outros integrantes ou não;
- Ficam melhor preparados para a vida adulta em uma sociedade diversificada: entendem que são diferentes, mas não inferiores.
Estudantes sem deficiências
- Têm acesso a uma gama bem mais ampla de papéis sociais;
- Perdem o medo e o preconceito em relação ao diferente; desenvolvem a cooperação e a tolerância;
- Adquirem grande senso de responsabilidade e melhoram o rendimento escolar;
- São melhor preparados para a vida adulta, pois desde cedo assimilam que as pessoas, as famílias e os espaços sociais não são homogêneos e que as diferenças são enriquecedoras para o ser humano.
Educação especial: um desafio e aprendizado
Infelizmente, observando a realidade presente nas escolas brasileiras que a educação direcionada para os alunos com deficiência ainda segue a lógica dos interesses políticos e econômicos.
As propostas educacionais que dão conta de uma concepção inclusiva de ensino refletem o que é próprio do meio físico, social, cultural em que a escola se localiza.
Necessita-se de elementos humanos que além de seus conhecimentos tenham dedicação e amor para desempenharem esta missão, capazes de suprir as carências afetivas e emocionais dos alunos, resgatando sua autoestima e tornando-os membros participativos na sociedade.
E claro, tudo começa a funcionar se houver uma Política de Educação Inclusiva, onde cada um irá fazer a sua parte: sociedade, sistemas educacionais, escolas e família.
Somente quando a sociedade por completa e não apenas os profissionais, que lidam com esse público, se mobilizarem, é que serão extintas as práticas segregacionistas que ao longo da história marginalizaram e estigmatizaram pessoas com diferenças individuais acentuadas.
Enfim, a escola terá de buscar novos posicionamentos diante dos processos de ensino e aprendizagem, orientados por concepções e práticas que atendam à diversidade humana.
Ao trabalhar com a Educação Especial o professor deve buscar para sua formação profissional os conteúdos pertinentes, os quais podem auxiliar no momento de planejar e desenvolver algumas atividades específicas com seus alunos atendendo a demanda de cada um.
Saiba que o aluno pode ser surdo, mudo, cadeirante, portador de síndrome de down, mas ele tem direito de aprender junto a um colega que não tem nenhuma dessas características. Até para se sentir incluso. Embora tenha alguma deficiência ele tem o direito de aprender.
E quem ensina os alunos na educação especial acabam ocupando um lugar especial em suas vidas! Por meio da paciência, atenção, ensino e carinho, muitas crianças e adolescentes podem ultrapassar os limites e aprender!
Os defensores da educação especial nas escolas acreditam que toda criança é especial e única. E que os professores devem estar preparados para atender à necessidade especial de cada aluno, independente de o aluno ter uma deficiência ou não.
Claro que não é fácil. Um exemplo prático. Sabemos que as atividades de educação especial inclusiva, não serão as mesmas para uma educação comum.
Um exemplo é o ensino de informática. Criatividade, tecnologia e muita pesquisa são parte da solução. Mas para o aluno voltado para educação especial é necessário mais atenção, paciência e dependendo da situação, até uma sala que ofereça todas as condições necessárias.
É um caminho longo a ser construído. Isso porque, sabemos que nem todos os alunos estão em escolas específicas para crianças deficientes. Outras tantas estão simplesmente sem acesso à educação de qualidade. Mas a luta continua!
Até logo!