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Mostra on-line gratuita reúne filmes produzidos por mulheres no começo do século XX

Olá, leitora!  

Em 2020, Natalie Portman, uma das atrizes mais festejadas de Hollywood nas últimas décadas, fez um sutil protesto contra o machismo da indústria cinematográfica. Durante a premiação do Oscar, ela, que já recebeu a estatueta de Melhor Atriz por sua interpretação em Cisne Negro (2010), surgiu vestindo uma capa bordada com vários nomes de diretoras mulheres não indicadas na categoria de melhor direção — naquele ano, apenas homens foram nomeados para esse prêmio.  

Essa desigualdade se dá em muitos níveis no cinema, revelando que a participação feminina — seja na direção, no roteiro, na produção e até mesmo na atuação — é expressivamente menor do que a masculina. Nesse sentido, para mostrar que não se trata de qualificação ou competência, o Sesc Digital apresenta uma seleção de filmes produzidos por mulheres entre 1906 e 1946, período que abrange parte dos anos dourados da sétima arte. 

Mostra Pioneiras do Cinema

Com textos e curadoria da jornalista e animadora cultural Fernanda Fava, a coletânea apresenta produções antigas, ainda em preto e branco, em que a direção ou o roteiro são de autoria feminina. Todos os filmes em catálogo estão disponíveis neste link e, para que nossas leitoras tenham ideia das obras que as aguardam, selecionamos algumas para apresentar. Vejamos a seguir: 

Mostra on-line gratuita traz obras de pioneiras do cinema

Fonte: Reprodução

O Piano Irresistível (1907) 

Considerando a ínfima participação feminina em todas as áreas da cinematografia mundial, parece difícil acreditar que o primeiro filme de ficção (A Fada do Repolho, de 1896) foi roteirizado e dirigido por uma mulher: a francesa Alice Guy-Blaché.  

O curta O Piano Irresistível, que aborda de maneira cômica e sem diálogos a adaptação de um professor de música à nova vizinhança, é uma das produções da cineasta. Acompanhado de uma divertida trilha sonora, ele tem duração de 4 minutos e 15 segundos. Para acessá-lo, clique aqui.  

A Luz do Amor (1921) 

Dirigido por Frances Marion, roteirista premiada duas vezes no Oscar, este longa-metragem conta a história de uma moça que perde os irmãos durante a guerra e, em desamparo, apaixona-se por um norte-americano. O plot twist, entretanto, acontece quando ela descobre que sua grande paixão é, na verdade, um espião alemão.   

Mais um filme do cinema mudo, neste são feitas descrições em inglês das cenas e diálogos — recurso muito comum na época. Ele tem duração de 1 hora e 27 minutos. Para acessá-lo, clique aqui.  

Caminhos Ocultos (1926) 

Diferentemente das produções anteriores, esta foi dirigida por um homem, o então marido da atriz e roteirista norte-americana Ida May Park. O roteiro, contudo, é de autoria dela e conta a trajetória de três homens que, após uma vida de crimes, tentam mudar os rumos de suas histórias.  

Caminhos Ocultos também é um filme mudo amparado por legendas em inglês para descrever diálogos e cenas que acontecem nele. Ele tem duração de 1 hora e 8 minutos. Para acessá-lo, clique aqui.   

Tramas do Entardecer (1943) 

Nesse curta-metragem, contamos com a codireção e com o roteiro de Maya Daren. A cineasta, que nasceu na Rússia e se naturalizou nos Estados Unidos, é uma das pioneiras da cinematografia experimental. Essa experimentação, inclusive, pode ser observada em Tramas do Entardecer, que faz com que a(o) telespectadora(r) se perca entre o que é sonho e o que é realidade.  

Embora tenha sido produzido em uma época em que o cinema falado já fazia muito sucesso, o filme de Daren não possui diálogos. As cenas priorizam detalhes, objetos, expressões. Ele possui duração de 14 minutos e 12 segundos. Para acessá-lo, clique aqui.  

Sesc Digital 

Administrado pelo Sesc São Paulo, o Sesc Digital surgiu com a missão de tornar cada vez mais acessíveis projetos e serviços da instituição. Além disso, busca promover uma educação continuada, possibilitando diálogos entre arte, cultura e os novos meios de distribuição digitais. 

Na plataforma, é possível encontrar muitas atividades gratuitas, como exposições, palestras e cursos nas mais diversas áreas do saber, da arquitetura ao turismo. Para conferir todo o conteúdo disponibilizado pelo portal, acesse aqui. 

Vamos dar o devido reconhecimento para essas talentosas produtoras de cinema? Então, compartilhe este texto e convide as(os) amigas(os) para maratonar a mostra do Sesc neste fim de semana! 

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Bom cineminha e até breve!  

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