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Inteligência emocional: por que importa e como ensinar

Olá, leitor!

Como você lida com as suas emoções? Você é daquelas pessoas que pensam duas vezes antes de agir, ou daquelas que fazem duas vezes antes de pensar?

O fato é que, por mais apaixonante que seja sentir a liberdade de falar, fazer e reagir por impulso, isso pode criar problemas em seu sistema de pensar. É aquela velha história, para cada ação há uma reação. A maneira pela qual você reage aos impulsos diz muito sobre você.

Hoje, vamos abordar essa área da psicologia, que apesar de estar de muito discutida atualmente, ainda é compreendida como autoajuda quando deveria ser encarada como gestão da psique e cuidados mentais.

Então, você saberá de maneira simplificada, o que é, como funciona os mecanismos e as melhores referências para a pesquisa da mente, dentro dessa temática. Confira a seguir, tudo sobre inteligência emocional!

O que é inteligência emocional?

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O termo inteligência emocional, e todo o conhecimento que envolve este tema, está felizmente se democratizado. Hoje, é mais comum do que há uma década, falar sobre essa temática.

Identificando níveis de carência na inteligência emocional

Para escrever esse artigo, nos baseamos na obra de Daniel Goleman, que foi um doutor que discutiu mais a fundo as inteligências múltiplas.

Claro que usaremos outras referências de outro autor muito polêmico para alguns, que é o doutor Augusto Cury. Gostaríamos de esclarecer que pesquisamos e selecionamos conteúdos de pesquisa. Sobre bons conteúdos, não se discute a capacidade do autor que o desenvolveu.

Ainda parafraseando Goleman, os fatores da incompreensão de inteligência emocional são:

  • Abandono e castigos severos na infância;
  • Ausência dos pais por motivos de trabalho;
  • Criação em famílias com pouca estrutura básica.

Muitos fatores estão relacionado com a maior armadilha da inteligência emocional: a impulsividade agressiva.

Goleman em sua pesquisa, relata um experimento feito com crianças violentas. Os resultados desses experimentos, mostraram que as crianças mais agressivas reagiam a impulsos externos, compreendendo até mesmo gestos simples, em ameaça. Por esse motivo, foram reorientadas à inteligência emocional para aprenderem como gerir os seus impulsos.

As atividades dadas a esses estudantes, os preparavam para manter em calma, sempre que lhes viessem impulsos agressivos. Várias técnicas foram oferecidas para conter os impulsos e raciocinar sobre o mal-estar emocional que as agressões causam.

Assim como o experimento trouxe resultados para crianças, qualquer pessoa pode trazer resultados para si mesmas. Segundo pesquisas na área de Educação, em algumas regiões dos Estados Unidos, incluindo Nova York, não somente as crianças como muitos adultos, sentem dificuldades em quantificar seus níveis de inteligência emocional.

A maioria de criminosos sofreram traumas por deficiência emocional das pessoas que os rodeavam, enquanto ainda criança da primeira infância. Até mesmo coisas que muitos costumam julgar simples: como deixar os filhos aos cuidados de terceiros, não em todos os casos, mas em alguns, pode desencadear problemas na formação da educação emocional.

Em suma, nem toda criança abandonada e tratada de forma agressiva se torna um criminoso. Porém, a maioria dos criminosos podem ter tido uma infância de abandono, castigos severos e até mesmo sofrido injustiças desproporcionais aos atos que cometiam quando crianças.

Você sabe o que são emoções?

No ramo da psicologia e afins, muitos são os conceitos utilizados para definir as emoções. Porém, todos possuem uma linha tênue sobre o entendimento deste conceito. Adotamos a definição dada pelo Oxford English Dictionary que é a seguinte:

Qualquer agitação ou perturbação da mente, sentimento, paixão; qualquer estado metal veemente ou excitado.

Entende-se que uma emoção seja um dos efeitos gerados a partir de sentimentos primários. Em outras palavras, podemos fazer uma analogia da cores básicas (como azul, amarelo ou vermelho), das primárias surgem as secundárias e assim por diante. De forma similar acontecem as emoções.

Agora vamos conhecer algumas das emoções, aqui, consideradas como primárias e quais sentimentos positivos ou negativos advêm delas:

  • Ira –  Pode gerar sentimentos como: fúria, irritabilidade, hostilidade, e em casos que fogem ao grau de controle, pode se tornar violência patológica.

 

  • Tristeza – Essa emoção pode gerar sentimentos como: sofrimento, mágoa, melancolia, solidão, autopiedade e em continuação, pode acarretar uma depressão.

 

  • Medo – O medo é um dos piores sentimentos e o que causa a maioria de desajustes na organização emocional. Pois ele gera os sentimentos incapacitantes como: ansiedade, nervosismo, preocupação, preconceito, intolerância, cautela excessiva, fobias, pânico e outros.

 

  • Prazer – Gera emoções como: alegria, felicidade, gratidão, satisfação e bom humor. Em contrapartida, também pode gerar euforia e manias.

 

  • Amor – Esse, ao contrário do medo, é o sentimento que mais ajuda no desenvolvimento e saúde das emoções. A partir dele são gerados: aceitação, amizade, confiança, dedicação, afinidade o outros.

 

  • Surpresa – A surpresa é uma emoção que pode ser considerada, como a maioria das emoções, faca de dois gumes. Pode ser bom ou não. Isso porque, pode gerar tanto um sentimento de maravilhamento, como também de espanto e susto.

 

  • Nojo – Pode gerar desprezo, desdém, antipatia, repugnância e outros.

 

  • Vergonha – Esse sentimento gera emoções como: culpa, remorso, timidez entre outros.

É importante lembrar que esses são apenas alguns dos sentimentos primários, mas este exemplo é para dar-lhe base de como funciona o mecanismo das emoções. Mas, existem outros sentimentos e até mesmo, combinações de sentimentos que levam cada indivíduo a um caminho distinto, conforme o que diz o seus respectivos históricos emocionais.

Quais as consequências da falta de gestão emocional?

É importante entender a relevância da inteligência emocional nas nossas vidas. Dentre as variadas consequências sofridas por uma pessoa que não se preocupa com a saúde e inteligência emocional, destaca-se o mal-estar emocional constante, é uma sensação de insatisfação que vem sem explicação.

Muitos de nós já passamos por momentos de dúvidas existenciais, ao estagnar esse pensamento sem tê-lo compreendido, é comum que essa dor invisível nos persiga. O mal-estar emocional acompanha, gradativamente a relevância dos sentimentos e emoções que sentimos quando estamos vivenciando um mal-estar emocional.

Esse tipo de coisa acontece com todos nós, é importante compreender o por quê daquelas sensações naquele momento. O por quê ocasionalmente, você está manda estímulos a determinadas ligações neurais, alimentando o cérebro para fazê-lo sentir determinadas sensações.

A resposta desses tipos de questões, quando instigadas, farão com que seu cérebro crie uma nova rede neuronal, transformando o mal-estar emocional em resolução. Por consequência, sentirá boas emoções.

Àqueles que tendem a não gerenciar as emoções, e até mesmo não acredita em inteligência emocional, tendem em algum ponto ou processo de sua vida a:

  • Tendências suicidas;
  • Tendências ao crime;
  • Tendências à depressão;
  • Tendências à transtornos de ordem mental e emocional;
  • Tendências à distúrbios alimentares, fobias e manias;
  • Dificuldades de convivência e socialização.

Para suprimir essas tendências, ou tratá-las, é importante buscar autoconhecimento e profundo entendimento sobre suas emoções e o por quê elas aparecem em determinados momentos.

Uma técnica muito utilizada é escrever sobre as suas emoções por determinado período, em diferentes horários do dia, em um diário. O registro das emoções, é um instrumento interessante para compreender até que ponto deixamos nos levar pelas emoções, o quanto elas duram, com qual frequência é recorrente.

Desse modo, se torna mais fácil captar e aprender a gerenciar as emoções.

Que benefícios a inteligência emocional agrega à qualidade de vida?

É evidente que a inteligência emocional colocada em prática, pode trazer infinitos benefícios para um indivíduo. Mas, não se engane, não existem atalhos nem grandes estradas dentro da psique.

Vamos fazer mais uma analogia para que seja melhor compreensível esse tópico: Não existe uma estrada para a inteligência emocional, as coisas da mente não são lineares como nos forçamos a crer. A consciência  emocional não é uma estrada, são vários caminhos entulhados com caixas de mágoas, decepções, abandonos, lembranças prazerosas ou não.

Tudo que existe no espaço das emoções, pode ser útil e transformado. Mas antes, você deve abrir as caixas da memória e ressignificá-las.

Abra caixa por caixa, sem pressa porque o caminho é eterno, não tem prazos, mas você não pode parar com esse serviço de arquivista da mente nunca. Ao abrir as caixas de sentimentos e emoções, jogue fora o que não lhe serve, reviva aquele momento e o transforme em algo positivo. O ordene, associe com outras memórias significativas.

Estágio por estágio você vai se livra do lixo mental e cria uma nova realidade para si.

Inicialmente pode parecer complicado e um pouco doloroso rever coisas que arquivamos e não queremos mais vivenciar. Mas lembre-se, nada pode ser jogado fora. Mas, tudo pode ser transformado para a velocidade de seu desenvolvimento intelectual e por consequência ampliação do uso de outras inteligências, já previstas na lista de inteligências múltiplas de alguns pensadores antigos e contemporâneos.

Os maiores benefícios obtidos por meio da inteligência emocional

  • Limpeza de lixo mental (mágoas, ressentimentos, angústias);
  • Ressignificação de sentimentos;
  • Autoconhecimento;
  • Controle de reação;
  • Atitudes colaborativas.

Agora você já sabe o quão importante é a inteligência emocional, a conhece conceitualmente, e está informado de seus benefícios, aplique-a ao seu cotidiano. Os resultados serão: mediação de conflitos, gestão das reações, autoconhecimento, melhor aproveitamento do tempo e outras vantagens.

Até breve!

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