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Guia completo para se tornar UX writer

Olá, leitor(a)!

Com a popularização da internet, muitas áreas profissionais migraram, total ou parcialmente, para o meio digital. Hoje em dia, jornais, lojas, rádios e revistas passaram por transformações digitais e coexistem na rede com plataformas nascidas nela, como os aplicativos de entrega e de transporte.

Esse cenário fez crescer a demanda por profissionais de diversas áreas, de tecnologia a comunicação, para compor equipes de execução. Uma das demandas que mais cresceu, e tende a crescer ainda mais nas próximas décadas, está ligada a UX (User Experience) — em português, experiência do usuário.

A experiência do(a) usuário(a) no ambiente digital pode ser o diferencial para ele(a) escolher entre um serviço e outro, seja site, aplicativo, e-commerce ou jornal. Pensando nos elementos que compõem a UX, nós preparamos um guia completo sobre UX writer — uma das funções mais procuradas na área.

UX writing e seus campos

O UX writing é um segmento que compõe a User Experience e os(as) profissionais responsáveis por ele são os UX writers. Basicamente, o(a) UX writer escreve textos direcionados para a otimização da experiência do usuário em algum software, geralmente guiando o(a) usuário(a) pelo programa até que ele(a) chegue ao resultado desejado.

Com isso, esse(a) profissional deve estabelecer um trabalho colaborativo com o time de desenvolvedores(as) e programadores(as), a fim de entender o funcionamento do software e, a partir disso, definir onde colocar o texto, em que momento e quais palavras utilizar. Além disso, deve estar alinhado(a) com os valores, missão e, principalmente, tom de voz da empresa para passar ao público a mensagem que ela espera.

Com o grande número de plataformas existentes na internet, cada uma de um campo diferente, há muito espaço para os(as) UX writer desempenharem sua função. Nós selecionamos 4 campos de atuação e vamos apresentá-los a seguir:

Aplicativos

Os textos presentes em aplicativos, como delivery, banco, transporte, entre outros, são fundamentais para o funcionamento dos programas. Sem eles, o(a) usuário(a) não consegue utilizar as funcionalidades do app de forma correta.

As instruções de uso, frases que aparecem nas notificações e os textos escritos nos botões de comando são redigidos pelo(a) UX writer. Portanto, a utilização do app está atrelada a como a pessoa vai interpretar os comandos e textos presentes nele.

Sites e blogs

Se uma empresa possui um site institucional ou um blog, com certeza ela tem, ou deveria ter, um(a) UX writer na equipe. Aqui vale ressaltar que esse(a) profissional é diferente do copywriter, embora utilizem o mesmo meio digital.

O UX writer é responsável por vários elementos que compõem o design da página, da fonte e disposição das categorias do site até mensagens de pop-up´s. A redação nesse ambiente é focada em aspectos mais esporádicos e detalhados.

E-commerce

Nos e-commerces, a atenção da maioria dos(as) redatores(as) é voltada para os chatbots. Chatbots são robôs programados para realizar o autoatendimento do cliente, sem acionar, sempre que possível, a equipe de suporte.

Esse programa é desenvolvido para enviar mensagens automáticas quando o(a) cliente manda uma dúvida ou problema para tentar encontrar a solução. A redação dessas mensagens é de responsabilidade do UX writer.

E-mail

O último campo que escolhemos aborda a plataforma mais antiga entre as apresentadas. Nele, o UX writer tem a função de redigir e-mails automáticos, de resposta a comandos que o(a) usuário(a) deu em outra plataforma.

Por exemplo, ao solicitar uma nova senha para o cadastro em um e-commerce, essa senha vai ser enviada por e-mail com as instruções para inseri-la durante o cadastro. Logo, o(a) redator(a) vai ser o(a) encarregado(a) de fazer um “guia”.

8 dicas para se tornar um(a) UX writer

Essa nova profissão da Indústria 4.0 foi originada do jornalismo, portanto, muitas soft skills dessa área podem ser utilizadas para melhorar a experiência do cliente. Nós reunimos 8 dicas, que mesclam um pouco dos processos jornalísticos com as novas dinâmicas de consumo, para quem está iniciando na área. Vamos apresentá-las a seguir:

Guia completo sobre UX writer

Fonte: Reprodução

1. Entender o processo de criação

Como essa modalidade de escrita está atrelada ao funcionamento de um software, é necessário entender como ele opera. Para isso, o alinhamento com desenvolvedores(as) e programadores(as) é fundamental.

Além disso, é importante expandir a área de atuação e estudar processos, conceitos e termos de outras áreas, especialmente Tecnologia da Informação (TI). Assim, o trabalho fica mais eficiente.

2. Pesquisar concorrentes

Assim como estudar outras áreas, saber o que concorrentes estão produzindo também é uma forma de aprendizado. Logo, pesquise o que e como os(as) concorrentes estão produzindo para ter inspirações.

Entretanto, deve-se ter cuidado para não cometer plágio, que pode arranhar a imagem de uma empresa. A competição faz parte do mercado, mas com ética e respeito pelo trabalho.

3. Analisar o cliente

Outra etapa que exige muito estudo e pesquisa é a análise do cliente. Dependendo de quem é o público-alvo da empresa, a linguagem e o tom de voz devem ser adaptadas para ele.

Por exemplo, se o aplicativo é voltado para jovens entre 14 e 20 anos, podemos utilizar gírias e expressões mais informais — o que seria inadequado para um público mais velho. Portanto, saber quem vai ler as palavras torna a produção mais assertiva.

4. Ter empatia

Mais do que entender quem é o cliente, é importante demonstrar empatia com ele. Apesar de toda a tecnologia disponível, o ser humano gosta de criar laços afetivos e de se sentir representado por uma empresa ou marca.

Por isso, pense em como a pessoa vai receber aquela mensagem e se isso pode gerar identificação nela. Dessa maneira, a empresa estabelece um vínculo muito forte com essa pessoa, que pode se tornar um cliente fiel a partir desse momento.

5. Trabalhar em grupo

Sem essa habilidade, fica quase impossível trabalhar como UX writer. A todo momento o(a) profissional vai estar em contato com pessoas de várias áreas, como a de TI, para entregar sua parte do trabalho.

Além disso, a troca de conhecimento e experiência entre os setores é importante para otimizar o tempo de entrega das demandas solicitadas. Uma empresa bem alinhada e coesa costuma ter melhores resultados.

6. Ter clareza e objetividade

Esses conceitos são muito comuns no meio jornalístico, evidenciando o intercâmbio entre as áreas. Como o(a) UX writer vai ajudar o(a) usuário(a) a navegar em um aplicativo, por exemplo, as mensagens devem ser claras e objetivas.

Dessa maneira, a pessoa vai seguir exatamente o caminho traçado pelos(as) desenvolvedores(as) para concluir a user experience. Ter clareza e objetividade também é vital durante o autoatendimento, uma vez que ele procura resolver uma dor do(a) usuário(a).

7. Produzir por conta própria

Não espere ser contratado(a) para começar a produzir e mostrar suas habilidades — até porque é muito difícil uma empresa contratar alguém sem experiência prática. Por isso, comece a produzir por conta própria.

Na internet, há vários artigos sobre programação e é possível observar a forma como grandes empresas do setor tecnológico realizam o UX writing. A partir disso, tente refazê-lo com o seu estilo e procure inovar para melhorar a entrega final.

8. Realizar testes

A última dica é primordial para qualquer tipo de trabalho. Após seguir as dicas citadas acima, é o momento de verificar se, de fato, as ideias de textos alcançaram o objetivo planejado.

Para isso, é necessário testar os textos e analisar os resultados. Dessa forma, é possível descobrir quais pontos melhorar para tornar a experiência do cliente mais satisfatória e alinhada com os propósitos da empresa.

Materiais de estudo

Apesar de ser uma profissão relativamente recente, há muitos materiais de estudo, em diferentes formatos, disponíveis na internet para quem deseja começar uma carreira ou aprimorar as habilidades. Nós separamos 4 formatos de conteúdo e vamos apresentar alguns materiais a seguir:

Cursos

Esse é o meio mais comum de estudo, por isso há diversas capacitações on-line sobre os processos e dinâmicas do UX writing. Confira algumas delas:

  • UX writing Brasil: essa plataforma é uma referência da área no Brasil. Ela mapeia e reúne os principais cursos de UX writing disponíveis em escolas on-line e outras plataformas de ensino. Clique aqui para saber mais;
  • Aldeia: a aldeia é uma das principais plataformas de ensino on-line do Brasil, com foco em capacitações voltadas para o mercado de trabalho. Ela lançou uma promoção no curso sobre UX writing, que agora está custando R$119 e possui acesso vitalício. Clique aqui para saber mais;
  • UX writing Hub: esse curso on-line e gratuito vai abordar vários processos que um(a) UX writer deve saber. De psicologia do consumo a manual de redação, o material está em inglês e traz conteúdo atualizado. Clique aqui para saber mais;
  • Daily UX writing Challenge: esse material consiste no envio de desafios para o(a) aluno(a) resolver. Os desafios têm duração de 15 dias e são enviados por e-mail. Clique aqui para saber mais.

Livros

Os livros são ótimos materiais de estudo e podem gerar insights muito interessantes a partir da visão de um(a) especialista no assunto. Confira alguns deles:

  • Redação Estratégica para UX: o livro escrito pela norte-americana Torrey Podmajerksy vai abordar estratégias de UX writing para otimizar a experiência do cliente. O livro possui tradução para português e com preços a partir de R$44 reais. Clique aqui para saber mais;
  • Em busca de boas práticas de UX Writing: esse foi o primeiro livro sobre UX writing escrito em língua portuguesa e está disponível gratuitamente no Kindle Unlimited. Ele é de autoria de Bruno Rodrigues, uma das maiores referências na área. Clique aqui para saber mais;
  • Conversational Design: embora o livro de Erika Hall esteja em inglês e não possua tradução, ele é uma das referências em humanização de sistema digitais e como aplicar isso para estabelecer vínculos com os(as) clientes. O preço do material depende do formato escolhido. Clique aqui para saber mais.

Podcasts

Esse formato ganhou enorme popularidade durante a pandemia de Covid-19, uma vez que é possível consumi-lo enquanto realiza outra tarefa. Confira alguns deles:

  • Clube do UX: esse podcast vai abordar tudo sobre o universo do user experience, de técnicas e setores a salários. Clique aqui para saber mais;
  • Papo de Produto com Caroline Linhares: este é um episódio do podcast Papo de Produto. Nele, os hosts recebem como convidada a UX writer Caroline Linhares para um bate-papo sobre a área. Clique aqui para saber mais;
  • UX Writing com Cristina Luckner: esse episódio faz parte do podcast Papo de UX (dedicado a mostrar todos os setores da área). Nele, a professora de UX writing Cristina Luckner conta sobre os ensinamentos para a profissão. Clique aqui para saber mais.

Perfis

Por último, é importante buscar inspirações em profissionais que são referências na área e acompanhar as novidades do mercado. Confira o perfil de alguns deles:

  • Marcela Alves: ela é formada em jornalismo e atua há 4 anos no mercado de UX. Atualmente trabalha no Ifood;
  • Bruno Rodrigues: uma das maiores referências do Brasil em UX writing. Também foi autor do livro UX writing: Principios y Estrategias, publicado na Espanha;
  • Analu Lima: tem como foco tornar a escrita prática e simples para facilitar a usabilidade dos sistemas. Atualmente, trabalha na IBM;
  • Yuval Keshtcher: o israelita Yuval é fundador do UX writing Hub — citado anteriormente. Ele é uma das referências mundiais em UX.

Depois de ler este guia completo, queremos saber de você: o que mais chamou a atenção nesse universo do UX writing? Conte para gente nos comentários!

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Bons estudos e até mais!

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