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Dicas para criar filhos bilíngues – parte 1

Olá pessoal,

Este artigo é dedicado a aqueles que são fluentes em um segundo idioma e que gostariam de iniciar seus filhos no aprendizado do mesmo. Mas por que somente os filhos, e nãos os alunos, no caso dos professores? Simplesmente pelo fato de que em uma sala de aula lotada é praticamente impossível ensinar efetivamente um novo idioma. E claro, há sempre uma grade curricular formulada pelo governo que a escola tem que seguir.

Criar filhos bilíngues é um trabalho árduo, mas com certeza muito gratificante, já que sabemos quão importante os idiomas são para o futuro de todos nós, especialmente na busca de melhores empregos. Mas por onde começar? Aqui vão algumas dicas:

– Acordo familiar: a família (os pais) deve estar em acordo sobre os idiomas a serem aprendidos e quando os mesmos devem ser usados. Por exemplo, a mãe da criança é fluente em alemão e o pai em francês, mas são residentes de um país falante da língua inglesa. É obvio que a criança aprenderá a língua nativa do país com mais facilidade, mas com a ajuda dos pais o alemão e o francês podem sim começar a ser parte da vida da criança se os pais sempre usarem tais idiomas para se comunicar com os filhos. Então aí está a primeira dica: somente converse com seu filho no idioma que deseja que o mesmo aprenda, exceto, é claro, quando no meio de pessoas que não falam o idioma e que possam se sentir excluídas da conversa!

– Idade: não há uma melhor idade para começar a aprender um segundo idioma. Claro, quanto mais novo melhor, já que o aprendizado da língua estrangeira se daria ao mesmo tempo que a língua materna por meio de associações, músicas, descobrimentos, etc. Mas enquanto há vontade de aprender, nem os cinquenta e tantos anos é um empecilho. É claro, vale muito saber mais sobre atividades especiais para cada idade! Por exemplo, crianças de zero a dois\três anos: a simples comunicação afetiva entre mãe\pai e filho, leitura de livrinhos, música, brinquedinhos como piano musical, etc., são sempre ótimos para tal idade! Então vamos lá, segunda dica: trabalhar com atividades próprias para cada idade!

– Tenha um plano: soa como virar um professor, eu sei! Sempre que possível, planeje atividades educativas que estimulem o pensar no idioma em foco. Não é necessário adquirir objetos e brinquedos importados e caros. Basta usar a imaginação e quem sabe um pouco de material reciclado. Por exemplo, jogo da memória onde um dos cartões tem uma gravura e o outro o nome da gravura no idioma: J – smile. Material: caixa de papelão, tesoura, canetinha colorida e uns 20 ou 30 minutos do seu dia. Dica três: sempre que possível pratique\brinque com seu filho e peça ao mesmo para te mostrar o que ele sabe em tal idioma. Crianças adoram impressionar os pais e mostrar que aprenderam algo novo!

– Paciência e comprometimento: cuidar de criança exige muita paciência, ensinar então nem se fala! Nem sempre temos bons dias e haverão momentos em que a vontade de desistir será maior que a vontade de aprender. Entretanto, vale lembrar que a batalha por uma educação melhor, o compromisso com a educação de seus filhos, conta muito com sua ajuda (não somente no ensino de uma língua, mas no ensino em geral) e não vale apenas culpar a escola ou parabenizá-la pelo aprendizado ou não de uma criança. Os pais têm sim um papel importante no aprendizado: incentivando, dando bons exemplos e sempre buscando a melhor criação pessoal possível (o que influenciará a futura vida profissional). Então como uma dica número quatro: quando o desânimo aparecer, tente relaxar e pensar positivamente nos resultados de seus esforços. Seus filhos os serão gratos por nunca ter desistido de tamanha tarefa!

– Tempo: Ok. Creio que este quesito seja o principal motivo pelo qual muitos pais apelam por uma escola de idiomas ao invés do ensino doméstico. Quem hoje em dia não trabalha praticamente o dia inteiro? Temos que comprar o pão de cada dia, certo? Mas aí é que está: por já ser fluente na língua, você, o pai ou a mãe da criança pode aproveitar de cada momento perto de seu pequeno para incentivá-lo a praticar a língua! Por exemplo, na hora do almoço, por que não praticar o nome dos alimentos? Na hora de dormir, por que não ler um livro em outro idioma (ou traduzir a estória simultaneamente)? É desta exata maneira que aprendemos um idioma: praticando-o frequentemente sobre as diversas situações do dia a dia! E adivinhe? É totalmente gratuito! É o seu conhecimento, da maneira que lhe convier. Portanto, dica cinco: utilize o máximo de tempo possível falando\usando a língua estrangeira. Por já praticar a língua nativa (neste caso o português) na escola e com todos a sua volta, a criança precisa de muita exposição à língua alvo, portanto: no more portuguese at home!

Ah, e claro! Nunca se esqueça de elogiar e parabenizar o desenvolvimento de seu filho(a)! É uma maneira de mostrar a ele que você nota e reconhece seu esforço!

Este artigo na língua inglesa, o qual me inspirou a escrever este artigo que leste agora, traz mais informações na criação de filhos bilíngues. Desde já peço desculpas por não poder providenciar materiais em outras línguas. Na parte 2 deste artigo, falarei um pouco de materiais educativos disponíveis online e qual a melhor forma de usá-los! Não percam!

Inspiração do artigo: http://www.omniglot.com/language/articles/bilingualkids1.htm

Mais informações em português: http://criandofilhosbilingues.blogspot.com/

Boas pesquisas and break the leg!

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