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Como melhorar a leitura e a interpretação de texto para o vestibular

Olá,

Hoje, o que mais se cobra em vestibulares e no Enem na prova de Língua Portuguesa é interpretação de textos. E para mandar bem nisso, você tem que ser um bom leitor, capaz de entender bem tudo que o texto diz. Neste texto, elaboramos uma lista de dicas que vão lhe ajudar a melhorar sua leitura e sua interpretação na hora da prova. Vamos lá?

Dicas para melhorar a leitura e a interpretação de textos

Apresentamos a seguir uma série de dicas que, se forem seguidas, ajudarão e muito você a melhorar tanto com a leitura quanto com a interpretação de textos. Confira:

  • Leia muito: você já percebeu que a maioria das pessoas que são muito boas em algo treinam muito aquilo? Então, a primeira coisa que você deve fazer para melhorar sua leitura e interpretação de texto é ler mais.
  • Esteja sempre bem informado: esta dica está ligada à primeira (aliás, a primeira dica é a principal). Procure estar sempre atualizado e bem informado. Hoje, a maioria dos grandes jornais possuem sites na internet de acesso gratuito. Leia. Informe-se. Entenda o máximo que puder sobre as coisas que estão acontecendo no país e no mundo. Leia sobre política, economia, meio ambiente, cultura. Isso com certeza vai lhe ajudar a ter maior compreensão dos textos na sua prova.
  • Leia bons livros: não adianta nada você ler muito se os livros ou textos que você lê serem mal escritos. Portanto, crie o hábito de ler bons livros, grandes autores.
  • Conheça os gêneros textuais: as perguntas feitas para interpretar uma reportagem são bem diferentes daquelas feitas para interpretar um poema, por exemplo. Portanto, estude os gêneros textuais, e atente-se ao gênero do texto antes mesmo de iniciar sua leitura.
  • Reflita sobre o título: ao ler o título, questione-o. Tente descobrir sobre o qual assunto o texto vai tratar. Mesmo que você pense em algo que não tenha nada a ver com o texto, esse questionamento fará com que você se aproxime do texto e crie uma certa curiosidade e interesse em relação a ele. Portanto, ao ler o título, tente descobrir o assunto do texto.
  • Leia o texto mais de uma vez: logo após terminarmos a primeira leitura, ficamos com aquela impressão de que sabemos tudo sobre o texto. Não é mesmo? Mas aí vem a primeira questão e você fica com dúvida. Pode acreditar, lendo o texto duas vezes você verá que será muito mais fácil responder às questões sobre ele.
  • Não interrompa a leitura: tente ler o texto todo sem nenhuma interrupção.
  • Tente responder ao enunciado antes de ler as alternativas: as alternativas estão ali também para lhe gerar dúvidas. Se, antes de lê-las, você já tiver uma noção de qual é a resposta correta para aquele enunciado, as chances de as alternativas lhe confundirem diminuem.
  • Descubra o ponto de vista do autor: em textos opinativos, você deve sempre conseguir descobrir a opinião do autor.
  • Leia as entrelinhas: é comum que autores transmitam ideias ou pensamentos de forma implícita. Desenvolva a capacidade de ler e perceber tudo que estiver escondido nas entrelinhas do texto.
  • Não interrompa a leitura ao se deparar com palavras desconhecidas: em uma prova de vestibular ou no Enem, você não poderá consultar um dicionário. Portanto, quando aparecerem palavras desconhecidas, relacione-as ao contexto e tente entender o todo. Algumas palavras diferentes não irão impedi-lo de entender o texto. Sendo assim, não deixe que essas palavras tirem sua atenção e foque no texto como um todo.
  • Volte ao texto se for necessário: mesmo que você tenha lido o texto mais de uma vez, podem surgir dúvidas na hora de resolver as questões. Se isso acontecer, volte ao texto.

Conclusão

Neste texto, falamos sobre como você pode melhorar a leitura e a interpretação de textos. Leia e releia as dicas até que tenha todas elas internalizadas. E não esqueça a melhor dica: pratique, leia bastante e, sempre que possível, faça exercícios de interpretação de textos.

Um grande abraço, e até a próxima!

Complemento verbal, leitura e interpretação

Fonte: Reprodução

Exercícios

1 – (Enem 2012 – Segundo Dia) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.

Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.

História Viva, n.° 99, 2011.

Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que

a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.

 

2 – (Enem 2012 – Segundo Dia) A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica.

Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali.

Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?

CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).

Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que

a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.

 

3 – (ETEC – 2017/1) “Em um mundo marcado por conflitos em diferentes regiões, as operações de manutenção da paz das Nações Unidas são a expressão mais visível do compromisso solidário da comunidade internacional com a promoção da paz e da segurança.

Embora não estejam expressamente mencionadas na Carta da ONU, elas funcionam como instrumento para assegurar a presença dessa organização em áreas conflagradas, de modo a incentivar as partes em conflito a superar suas disputas por meio pacífico – razão pela qual não devem ser vistas como forma de intervenção armada.”

Acesso em: 26.08.2016. Adaptado.

Historicamente, o Brasil envia soldados para participar de operações de paz. Em 2004, foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).

De acordo com o texto, essa missão foi criada para

a) restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após sucessivos episódios de turbulência política e de violência, que marcaram esse país no início do século XXI.
b) atacar os garimpos ilegais de diamantes no interior do Haiti, que usavam mão de obra infantil nas minas onde esse minério é encontrado.
c) combater o narcotráfico comandado pelo Cartel de Medelin, que a partir do Haiti distribuía drogas para todos os países da América Latina.
d) acabar com os problemas ambientais crônicos no Haiti, pois esse país era o principal responsável pela poluição ambiental no Caribe.
e) extinguir a rede de trabalho escravo existente no Haiti, que utilizava esse tipo de mão de obra nas plantações de soja e trigo.

 

Gabarito

1 – D

2 – E

3 – A

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