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Como corrigir redação de forma rápida e eficiente?

Olá, leitor

Muitas avaliações de estudantes e mesmo de profissionais usam as redações, já que essa é uma forma de se entender, como é a linha de raciocínio que determinada pessoa tem. Além disso, através da redação pode se observar se aquela pessoa tem capacidade argumentativa e consequentemente, se possui conhecimentos para apresentar o que pensam de forma coerente.

É por causa da quantidade de análises que se pode realizar por uma redação, que até as empresas usam-nas quando selecionam os colaboradores. Não é raro que os processos seletivos incluam alguma redação, ainda que seja bem curta, com o intuito de conseguir “conhecer” esse candidato afora o que ele próprio diz.

Se os indivíduos consideram que a criação da redação é complicada, corrigi-las também é uma coisa que apresenta dificuldade. Não basta que os corretores saibam somente de Língua Portuguesa (ou de qualquer idioma no qual se escreva): é importante que ele entenda também sobre possíveis teorias da aprendizagem, e que considere todos os percursos que aquela pessoa usou para poder escrever.

Como é feita a correção mais apropriada?

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Os corretores podem fazer as suas correções de formas diversas, mas nem sempre elas têm a mesma eficiência. Isso porque, por mais que os profissionais tenham estilos variados de trabalhar, alguns métodos para correções são ultrapassados. Outros fazem com que o corretor foque apenas em pontos e percam tempo com outros.

Além disso, existe um tipo de correção que é a chamada “injusta”. É esse o tipo de correção que motiva numerosos estudantes a pedir a chamada “vista de correção” e a questionar como é que o profissional avaliou.

A correção “injusta” é aquela na qual o indivíduo não tem considerado quais são as suas limitações, qual foi o seu raciocínio e nem mesmo quais foram as condições nas quais aquela produção textual foi feita. Todos esses são elementos que poderão levar a essas pessoas, uma nota menor quando o corretor não avalia com um leque maior.

Como se consegue uma correção mais rápida?

Quando se ensina aos corretores uma correção mais rápida, isso não quer dizer que eles não vão ler todos os pontos, que não vão avaliar qual é a coerência ou outros aspectos que são mesmo tradicionais. Na verdade, todos os âmbitos serão visualizados, mas apenas com uma forma mais organizada.

É preciso que os corretores, primeiramente, saibam quais são os pontos nos quais eles vão se focar.  Eles podem até mesmo ter um checklist com o qual eles vão dando pareceres sobre o que eles estão vendo nas redações.

Os corretores podem ter uma lista na qual está a coerência, o conhecimento do assunto, a coesão e a ortografia. Assim, esses serão os pontos que esse profissional avaliará. Quando ele acaba toda a sua leitura, ele escreve “ok” na frente de cada um dos pontos nos quais, o candidato foi satisfatório.

Fazendo isso, é bem diminuída a possibilidade de esse corretor ignorar que o cidadão errou pouco ortograficamente ou que ele teve dificuldades com a coerência: fazendo as anotações em tempo real, ele será justo e terá o seu tempo melhor usado, sem precisar ficar considerando vagamente o que ele precisa considerar.

Como conseguir uma correção mais eficiente?

É claro que o método de fazer uma checklist também é empregada para que se tenham correções mais eficientes. Afinal, quando se tem uma correção mais rápida, é comum que se tenha mais eficiência porque ela foi boa e, mesmo assim, usou menos tempo.

Entretanto, alguns outros meios de ter eficiência ao corrigir também existem, como separar algumas redações para um período de horas. As pessoas que trabalham com essas correções costumam fazer muitas em um período curto e isso é ruim porque impede que o cérebro descanse. Quando as pessoas não estão com o seu raciocínio perfeito, erros podem não ser vistos, assim como se pode avaliar errado o percurso de escrita.

Outro detalhe é que a eficiência também pode ser potencializada quando se consideram os assuntos das produções textuais. Corrigir aquelas que são do mesmo tema de forma conjunta é melhor: evita que o profissional precise ficar adaptando o seu cérebro, a cada hora, a uma temática diversa. Quando isso não pode ocorrer, a pessoa precisa, pelo menos, de alguns minutos para que o seu cérebro reorganize-se e consiga avaliar outro assunto.

Como conseguir uma correção justa?

A correção que seja justa pode ser a parte mais complexa para qualquer corretor de redações. A sua complexidade também está ligada às adaptações que se deve fazer na sua própria prática e na preparação extra que esses profissionais vão ter de ter.

Uma das adaptações é que existem profissionais que não têm tantas informações sobre os temas que vão corrigir. Um professor que solicita, por exemplo, uma produção textual a respeito do petróleo precisa informa-se, precisa ler sobre esse tema para poder considerar se aquele estudante realmente teve um percurso apropriado, se existem contradições ou mais.

Mesmo os corretores das redações de Recursos Humanos precisam de conhecimentos. É impossível que esse gestor corrija determinada redação e, posteriormente, escreva com problemas de Ortografia. É primordial que quem esteja corrigindo tenha uma bagagem apropriada para fazer isso, evitando que existam reclamações e, na verdade, que existam fundamentos nas reclamações.

Para as escolas, existe mais um ponto quando se fala de uma correção justa: as limitações. Os professores, por conta da sua convivência, conhecem as dúvidas limitações que aquele estudante apresenta e querer que ele mostre em sua produção textual uma complexidade que ele ainda não alcançou não é justo.

Somente a Língua Portuguesa é importante? O que precisa ter mais peso?

As pessoas que não são da área de Linguagens ou que não estão habituadas a fazer correções podem pensar que essa atividade é relacionada unicamente a apontar quais são os equívocos de Língua Portuguesa, ou seja, as palavras escritas erradamente, os problemas de Sintaxe e coisas dessas.

Contudo, ainda que a adequação à língua seja mesmo fundamental, existem mais pontos que são altamente importantes quando se está corrigindo e um deles é o raciocínio. Por mais que aquele indivíduo tenha derrapado no uso da norma ou mesmo na maneira como ele expos o que pensou, o profissional precisa procurar acompanhar a sua linha de pensamento e considerar quando aquilo possui mesmo sentido.

É verdade que as correções que são feitas para os vestibulares não são tão maleáveis, mas os profissionais que estão com os estudantes anteriormente a esse estágio precisam compreender esse tipo de critério para, inclusive, orientar melhor esses estudantes.

A parte ética: como é que o corretor encaixa isso?

Nenhum corretor está livre de ver alguma produção textual que acaba batendo na temática “Direitos Humanos”. Na verdade, falando se “bater” fala-se de desrespeitar: é o caso das redações que apresentam incentivos ao desrespeito, à homofobia, à violência e a outras coisas.

É claro que o profissional precisarão pontuar em sua correção quando esse tipo de postura for vista. Inclusive, até mesmo o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) considera isso uma razão para reduzir os pontos ou até para zerar as produções de texto.

É recomendado especificar para os estudantes (ou para os candidatos aos empregos) quais são as coisas que causarão a anulação do texto ou então a diminuição da sua nota. Deixar claro previamente é um caminho importante e, no caso dos professores, que estão sempre com aqueles estudantes, tratar da sua conscientização e da diferenciação entre a opinião e a violência também é sugerido.

Competências: para que os corretores vão usá-las?

Os corretores que lerão as produções textuais dos pré-vestibulares ou mesmo dos que estão em qualquer ano do ensino médio precisam atentar para o que o ENEM tem como competências. Esse termo é para relacionar-se às capacidades comunicativas que os estudantes deverão mostrar quando escrevem.

Ao corrigir, esses profissionais precisam ter essas competências próximas, mesmo que anotadas, e fazer o sistema do checklist. Retomando a menção aos professores, é fundamental que se expliquem essas competências aos estudantes antes de se requerer que eles preparem alguma redação. Todos podem visualizar essas competências na página eletrônica do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

Correções objetivas

Quando alguém corrige uma produção textual costuma anotar o que é que está equivocado em cada linha, em cada parágrafo, etc. Isso é mesmo vital: a ideia de se fazer uma correção é mesmo a de ilustrar o que está errado. Contudo, existem corretores que fazem anotações quase misteriosas, usando termos muito específicos da Língua Portuguesa ou sem ser claros.

Esse tipo de correção pode ser rápido, mas não será eficiente e, muito menos, será justo. Não será eficiente porque o estudante não vai entender absolutamente onde foi que a sua produção de texto falhou. Também não será justa porque não deixará que esse indivíduo aprenda. Desse modo, qualquer observação precisará ser feita como para leigos, sem ser longa demais.

Até breve!

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