Você está aqui:Home » Dicas » Estudantes » Carreira científica: tudo o que eu preciso saber antes de iniciar

Carreira científica: tudo o que eu preciso saber antes de iniciar

Olá leitor!

Você quer seguir a carreira científica? Gosta de pesquisar e pretende contribuir com o conhecimento científico? Saiba que ele é fundamental para o desenvolvimento econômico e social dos países. Ou seja, se escolher essa área pode contribuir para mudanças significativas não só no seu país, como no mundo todo.

Há interesse por essa área?  Vamos explorar um pouco mais da carreira científica no Brasil, quais as dificuldades enfrentadas e o porquê de muitos brasileiros quererem seguir essa profissão. Saiba mais lendo o texto.

 

O que é a carreira científica?

Carreira_cientifica_pesquisar_mestrado_doutorado

A carreira cientifica nada mais é do que continuar os estudos em determinada área, e contribuir com ideias, críticas, resolução de problemas. Quem escolhe esse campo de atuação sabe que é um caminho longo!

É preciso fazer mestrado, doutorado, e em alguns casos pós-doutorado. Na prática é um caminho árduo, porém a escolha de quem opta pela carreira científica diz que ela ocorre de forma natural.

Há uma vontade de compreender fenômenos, de resolucionar problemas, e logo contribuir fortemente para o desenvolvimento de uma ação. Há dificuldades enfrentadas, mas os jovens que escolhem seguir este caminho afirmam que há bons motivos para trilhar a carreira.

Embora as pesquisas de profissionais que seguem nesse setor sejam fortemente os da família STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática, em inglês), há a presença de outras áreas, e pode ser desde comunicação, a educação, entre outros.

O mais importante é conseguir desenvolver habilidades pelo caminho que você possa aplicar em outros campos. As ideias, teorias e estudos não podem ficar apenas no papel, por exemplo, em uma dissertação impressa. O ideal é conseguir colocar em prática este estudo.

E essa é uma das críticas de outras profissionais da área que logo atuam em suas carreiras depois de formados. A crítica se remete ao fato de muito do estudo da pesquisa científica no Brasil ficar apenas no papel, e pouco contribuir para o desenvolvimento do país. Será mesmo? Valem reflexões.

 

Como fazer para seguir carreira científica?

Bom, se você se interessa em seguir a carreira científica precisamos lhe avisar que você vai precisar estudar muito! Ou seja, é indicado que goste de ler, pesquisar, e que seja curioso.

E mais, é bom saber que há competição por vagas em todas as etapas e áreas. Isso consequentemente vai exigir de você viagens e mudanças ao longo do caminho. Então se você não gosta de mudanças, é melhor não seguir essa área.

É provável que após terminar a graduação, você continue o mestrado em determinada universidade, e pode ser outra em relação a aquela que se formou. Isso porque é indicado seguir a sua pesquisa na universidade que mais está aberta ao tema que pretende estudar.

Depois de concluir o mestrado, pode acontecer de você fazer o doutorado fora do país, se essa for a sua meta. Tudo vai depender de sua área de atuação, concessão de bolsas, números de vagas, e claro, você precisa ser aprovado!

Por isso, é importante saber que a carreira científica não tem todo esse ‘glamour’. Muitos pesquisadores enquanto estão no doutorado estudando precisam lidar com uma série de questões, e uma delas é compreender que nada é certo, até mesmo uma vaga em uma universidade.

Enquanto o seu colega já está trabalhando há alguns anos em uma empresa, você precisa ter foco e entusiasmo para seguir os seus estudos. Desta forma, é fundamental gostar de estudar e ter um foco, para que depois você não pare com os estudos e ache que foi tempo perdido.

Excesso de burocracia e frequentes cortes de custos: as dificuldades nessa área

Infelizmente no momento atual que o país passa este não é um dos melhores anos para a educação, e isso inclui a carreira científica. Afinal, sem verbas fica difícil manter pesquisas ativas e pagar os estudantes.

Ano passado, em 2017 foram realizados cortes de recursos para a área de ciência e tecnologia pelo governo federal, e isso impactou as pesquisas da carreira científica, e vai impactar por muitos anos.

Lembrando que o corte foi de 44% no orçamento para 2017, de R$ 5,8 bilhões para R$ 3,2 bilhões. Isso na prática representa o interrompimento de pesquisas nos laboratórios por falta de dinheiro.

Estudiosos da área afirmam que este corte afetará por muitos anos a pesquisa no Brasil. Então, isso acaba deixando aqueles jovens que se interessavam pela carreira cientifica um pouco desanimados.

Ao mesmo tempo, estes jovens precisam lidar com a concorrência que existe na carreira científica. Para conseguir uma bolsa de estudos, por exemplo, são inúmeros de escritos para apenas um conseguir a bolsa.

É preciso também lidar com as constantes mudanças de um estudante da carreira científica. Somente na graduação, mestrado, doutorado, se depender dele, pode estudar em três universidades diferentes.

E mais, há muita burocracia de documentos. Principalmente para quem vai estudar e pesquisar fora do país. Isso exige paciência, e pode ser que ainda não aconteça a aprovação.

 

Depressão e ansiedade: é comum na carreira científica?

Também começou a se questionar de alguns anos para cá, o número de pesquisadores que relatavam casos de ansiedade e depressão. Justamente pela carga de horária de estudo muito grande, cobranças dos professores, entre outros aspectos.

Uma pesquisadora que já tentou se suicidar, escreveu um depoimento intitulado: “O terrível custo sobre o qual ninguém fala de ter um doutorado”. Nela ela trás a referência de estudos falando que alunos da pós-graduação sofrem de ansiedade e depressão. Leia o depoimento completo clicando aqui. Ela diz que:

“Um estudo de 2015 da Universidade Berkeley da Califórnia descobriu que 47 % dos alunos de pós-graduação sofrem de depressão, seguindo um estudo anterior, de 2005, que mostrava que 10% cogitava suicídio. Um estudo australiano de 2003 descobriu que as taxas de doenças mentais no grupo acadêmico eram de três a quatro vezes maiores do que na população em geral, de acordo com um artigo da New Scientist. O mesmo artigo nota que a porcentagem de acadêmicos com doenças mentais no Reino Unido é estimada em 53%”.

Os números assustam não é mesmo? Mas não são todos pesquisadores que tiveram problemas durante as suas pesquisas. Por isso, é tão importante encontrar equilíbrio.

É preciso sim estudar muito, mas não se cobrar tanto. Se esforce, mas não a ponto de sacrificar a sua saúde. A carreira científica é uma área de estudo abrangente e muito significativa. Não podemos torná-la pesada e maçante. A menos que você queira!

Já ouvimos inúmeros relatos de estudantes que tiveram experiências valiosas e significativas durante a carreira científica. Isso inclui bom relacionamento com o professor, amizades, oportunidades e desenvolvimento do seu conhecimento.

Por que então investir na carreira científica?

Se este é o seu sonho e você tenha ficado um pouco desanimado ao ler o texto, afinal precisamos ser coerentes com a realidade e não inventar um mundo de ilusões, mas este texto é para dizer que se  você tem este objetivo, então o siga!

Trilhar o caminho da carreira científica também tem muitos benefícios. Além de você expandir o seu conhecimento, sair da sua zona de conforto, o caminho é cheio de possibilidades.

Quando você já está na área, vai conhecer bons professores e mestres que poderão lhe indicar boas oportunidades. O seu estudo pode contribuir para determinado problema, e há possibilidade de ser reconhecido com isso.

Quem afinal não quer ajudar o Brasil e o mundo? E o pesquisador científico pode! Com muitos estudos, boas ideias, ele pode encontrar soluções a partir do estudo das teorias e aplicações práticas no que tange a um determinado assunto.

É possível conhecer outros países ao estudar numa universidade fora do Brasil. As chances de oportunidades no exterior são grandes, e mesmo que você estudante fique por alguns anos limitados a ganhar uma bolsa de estudo, depois de concluído os seus estudos, pode surgir vagas com ótimas remunerações.

Oportunidades essas que você não conseguiria se não tivesse seguido a carreira científica. E mais, se o seu sonho é ensinar, ser professor há motivos de sobra para repassar o seu estudo para outros alunos. O mérito de ensinar é ótimo e logo estará contribuindo para o fomento da educação.

Há muitos motivos para seguir neste campo.  Mas ai vão algumas dicas de alguns pesquisadores científicos:

  • Procure oportunidades para se engajar onde você se sinta bem e coloque a mão na massa o mais cedo possível;
  • Não ter medo de fazer algo diferente e procurar bons mentores e/ou mestres;
  • Reflita bastante sobre a escolha e compreenda bem suas razões para seguir essa área;
  • Desenvolva uma carreira fora da academia antes de fazer um mestrado ou doutorado. Lembre-se: é difícil fazer perguntas interessantes se você não fez, na prática, aquilo que quer estudar!
  • Pense no que você quer em longo prazo e invista no inglês;

Se este for o seu sonho não desista! Há dificuldades em todas as áreas. Tenha foco e você conseguirá se tornar um pesquisador científico! Há muitas recompensas também, e claro, experiências valiosas que vão lhe proporcionar crescimento pessoal e profissional. Se gosta da pesquisar, tem dúvidas sobre muitas coisas, é hora de estudar e pesquisar. Bons estudos.

Deixe um comentário

© 2012-2019 Canal do Ensino | Guia de Educação

Voltar para o topo