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Acessibilidade é sinônimo de oportunidades

Olá,

Desde 2007, a matrícula de alunos com deficiências, transtornos ou superdotação em escolas regulares cresceu 600%. Portanto, um número crescente de professores e escolas passou a enfrentar o desafio de dar um ensino acessível a todos. É preciso aprender a ensinar!

Esse aumento veio como resultado da Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, de 2007, que determinou que Estudantes Público Alvo da Educação Especial (EPAEE, que são estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação) devem ficar nas salas comuns das escolas de ensino regular.

A boa notícia é que o professor da classe comum, de forma geral, nutre um desejo genuíno de mediar o processo de aprendizagem das crianças com deficiência. No entanto, a educação inclusiva é um desafio, e alguns professores sentem a necessidade de construir conhecimentos sobre como lidar com as diferenças em sala de aula. O interesse dos professores e necessidade de propor uma formação continuada em educação inclusiva ficaram evidentes durante a Bett Brasil Educar do ano passado, após a fala da professora e pesquisadora da Unesp Elisa Schlünzen, que trabalha com educação especial na perspectiva da educação inclusiva desde 1997.

“Dei uma palestra curta e, ao final, muita gente veio me procurar, pedindo mais informações, querendo tirar dúvidas”, lembra Elisa. Para atender com atenção aos interessados e oferecer uma experiência prática, este ano a professora e os pesquisadores do Grupo de Pesquisa Ambientes Potencializadores para a Inclusão ministrarão cinco oficinas, com quatro horas de duração cada, abordando os aspectos da acessibilidade, educação inclusiva e tecnologias digitais, durante o Congresso. As oficinas darão direito a um certificado, emitido pela Bett Brasil Educar.

De acordo com a pesquisadora, por meio das oficinas, o participante vai conhecer estratégias acessíveis que contribuirão para que o estudante tenha acesso ao conteúdo. “Muitas soluções são simples como, por exemplo, a adaptação de um material, o uso de um recurso de tecnologia assistiva, bem como o emprego de uma técnica de audiodescrição”, afirmou.

Cultura inclusiva

As oficinas oferecidas na Bett Brasil Educar 2016, embora breves, pretendem despertar a consciência para cultura inclusiva. “É importante que as pessoas compreendam e reconheçam as potencialidades dos estudantes público alvo da educação especial. Por meio das adaptações empregadas nos materiais pedagógicos, da incorporação de tecnologias e técnicas, é preciso também desenvolver atitudes inclusivas no cotidiano escolar. Devemos reconhecer que todos nós temos nossas dificuldades, nossas limitações, e a tecnologia digital pode ser uma grande aliada dos professores”, afirmou.

A educação inclusiva é responsabilidade de todos: educadores, pesquisadores, gestores, redes de ensino e editoras (que produzem material didático). Por isso, um passo importante segundo Elisa, “é compreender o que é preciso e possível adequar para que todos tenham acesso de forma igualitária, isso inclui inserir acessibilidade em suas diferentes dimensões”.

A pesquisadora afirma que, ao trabalhar durante anos com EPAEE na educação básica, principalmente fazendo uso da tecnologia digital, adquiriu know how para levar para o ensino superior e principalmente para EaD a incorporação da acessibilidade. Dessa forma, desde 2014 os materiais pedagógicos ofertados nos cursos de EaD da Unesp são concebidos de forma acessível.

Participar das oficinas coordenadas pela professora Elisa e pelos pesquisadores do Grupo de Pesquisa API será uma ótima oportunidade para os educadores, pois conhecerão novas possibilidades para fazerem a diferença na vida desses estudantes. “O professor vai perceber que tem elementos ao seu alcance e que não é difícil ter uma postura inclusiva, eles conhecerão materiais e técnicas que já existem e perceberão como é simples”, disse.

Veja aqui um breve currículo da professora Elisa e os horários dos cursos.

Redes

Twitter: Pesquisadora da Unesp dará 5 oficinas de educação especial e vai mostrar que soluções simples fazem grande diferença

Face: Referência nacional em educação especial e acessibilidade, Elisa Schlünzen fala sobre a importância de se criar uma cultura inclusiva e garante que soluções simples podem muitos alunos com deficiências, transtornos ou superdotação.

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