7 dicas para desenvolver a empatia no ambiente de trabalho
Olá, leitor(a)!
A cantora Juliette Freire é considerada um dos maiores cases de sucesso promovidos por meio de um reality show, programa televisivo focado em situações reais e na convivência de pessoas em confinamento. Além de demonstrar uma integridade incorruptível, Juliette se destacou por exercer a empatia com maestria, mesmo sofrendo constantes ataques e sendo tratada com desdém. Ainda confinada, a então advogada chegou a ganhar mais de 20 milhões de seguidores em sua página do Instagram.
Mais, o Brasil a tornou campeã com 90,15% dos votos em uma final com outras duas pessoas. Isso mostra a importância e os resultados que atitudes empáticas podem trazer para nossas vidas, no âmbito particular e no público. Pensando nisso, nós listamos 7 dicas para desenvolver a empatia no ambiente de trabalho e viabilizar relações melhores e mais saudáveis — afinal, ter qualidade de vida vale bem mais do que R$ 1,5 milhão.
O que é empatia e quais vantagens ela proporciona no trabalho
A palavra empatia tem origem grega e está associada à capacidade de se colocar no lugar do outro para compreender o que ele está sentindo em uma determinada situação. Apesar de, nos últimos tempos, acompanharmos discursos contrários a essa prática, defendendo o exercício da compaixão independentemente de sentir ou não como outra pessoa se sente, as relações empáticas apresentam bons retornos, principalmente em núcleos familiares e de trabalho.
Isso acontece porque, estando em condições mais ou menos parecidas e com experiências afins, é mais fácil entender os sentimentos alheios. Existem três tipos de empatia: a cognitiva, mais próxima da ideia de compaixão pelo uso da razão, ou seja, sem necessariamente vivenciar (mesmo que psicologicamente) o que outra pessoa vivenciou; a emocional, ligada à habilidade de experimentar as emoções alheias; e a compassiva, em que a partir da identificação com o outro se busca ações efetivas para ajudá-lo.
Ao trabalhar essas três categorias no ambiente corporativo, é possível perceber como a empatia oferece vários benefícios para colaboradores(as), gestores(as) e empresas. Destacamos algumas dessas vantagens para você conhecer:
Integra as pessoas
Quando se exerce um esforço para compreender os(as) profissionais, principalmente aqueles(as) que acabaram de entrar na empresa, as sensações de bem-estar e pertencimento aumentam. Dessa forma, as pessoas se sentem mais à vontade para se expressarem, ajudarem umas às outras e, consequentemente, integram-se facilmente ao time.
Fortalece as relações
Ao sentir que não serão julgados(as), e que suas emoções são entendidas e respeitadas, os(as) colaboradores(as) estabelecem relações mais verdadeiras com os(as) demais integrantes de uma equipe. Nesse sentido, inclusive, as chances de retenção de talentos são maiores, o que influencia no desenvolvimento e no crescimento da empresa.
Estimula a cooperação
Ambientes de trabalho mais empáticos costumam exibir times mais colaborativos, afinal, ao entenderem os processos e sentimentos dos(as) colegas, os(as) profissionais identificam quais atividades precisam de apoio. Esse movimento também contribui para que as pessoas não se sintam sobrecarregadas e possam trabalhar no ritmo que as torna mais funcionais.
Reduz o estresse
Um importante motivo para exercer a empatia, que envolve os itens anteriores, é a redução de estresse ou qualquer outro sentimento negativo que possa surgir devido ao trabalho. Atualmente, temos visto números expressivos de colaboradores(as) atingidos(as) por transtornos ou doenças mentais e que acabam se afastando de suas funções. Por isso, cultivar ambientes empáticos é imprescindível para a saúde psicológica desses(as) profissionais.
Aumenta a produtividade
Como consequência de todos os benefícios que a prática da empatia promove no ambiente de trabalho, temos o aumento da produtividade. Profissionais felizes se envolvem mais em suas tarefas, são criativos(as) e produzem em maior quantidade sem afetar a qualidade da entrega. Além disso, eles(as) sabem que, caso tenham dificuldades, podem contar com o auxílio da equipe e dos(as) gestores(as).
7 dicas para desenvolver a empatia no ambiente de trabalho
O estímulo da competitividade em ambientes corporativos pode atrapalhar, muitas vezes, o processo de amadurecimento pessoal e profissional dos(as) colaboradores(as), já que eles(as) fazem tudo por si mesmos(as) e não costumam trabalhar em parceria. Entretanto, como já vimos, se colocar no lugar dos outros e trabalhar em equipe beneficia a todos e ainda melhora a qualidade de vida.
Por isso, e para quem tem dificuldade de exercer essa habilidade psicológica, listamos 7 dicas que vão ajudar no desenvolvimento da empatia no ambiente de trabalho. Vejamos a seguir:

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1. Ter uma escuta ativa
Como diria o pedagogo Rubem Alves (1933 – 2014), mais importante que aprender sobre oratória é desenvolver a “escutatória”. Para ele, vivemos em uma sociedade faminta pela escuta. Antes mesmo de terminarmos um desabafo ou reflexão, a pessoa que “escuta” já tem algo a nos dizer e, na maioria das vezes, não entendeu muito bem nosso problema, pois mal nos ouviu. Assim, ter uma escuta ativa é essencial para compreender e ajudar de modo eficaz quem compartilha dores ou dificuldades.
2. Praticar a Comunicação Não Violenta (CNV)
Desenvolvida pelo psicólogo Marshall Bertram Rosenberg (1934 – 2015), essa comunicação é focada primordialmente na empatia. Nela, desenvolvem-se diferenciações entre observação e julgamento, sentimentos e opiniões, necessidades e desejos, pedidos e ameaças. O objetivo é promover conversas mais objetivas e acolhedoras. Portanto, exercer a CNV é um excelente modo de colocar a empatia em ação.
3. Incentivar o trabalho em equipe
Como mencionado antes, colocar-se no lugar do outro é mais fácil quando conseguimos traçar semelhanças entre ele e nós. Um modo muito eficaz para fazer com que profissionais desenvolvam a empatia é incentivar o trabalho em equipe, pois, como todos têm os mesmos objetivos, a colaboração acaba se tornando natural. Ademais, essa conduta auxilia no estreitamento das relações e na promoção de ambientes menos competitivos.
4. Expressar sentimentos e desconfortos
Reprimir as emoções no ambiente de trabalho pode parecer uma boa estratégia a curto prazo, principalmente para quem é novo(a) e não deseja entrar em conflitos. No entanto, essa postura não só causa adoecimento físico e psicológico, como também enfraquece a construção de vínculos com a equipe e a empresa. Demonstrar vulnerabilidade, e expressar sentimentos e desconfortos, é um bom passo para cultivar a empatia de gestores(as) e possibilitar melhores relações no trabalho.
5. Demonstrar reconhecimento
Um dos mitos gregos mais associados ao trabalho é o de Sísifo, condenado a empurrar uma pedra gigante morro acima e, quando no topo, derrubá-la e repetir todo o processo pela eternidade. Para evitar que profissionais não se sintam valorizados e que pensem, como Sísifo, que não caminham a lugar nenhum, é preciso reconhecer e enfatizar suas habilidades. Para isso, promova feedbacks regulares e estabeleça premiações e planos de carreira.
6. Criar espaços de relaxamento e interação
Para que colaboradores(as) possam compartilhar suas emoções e, assim, facilitar a escuta de colegas e gestores(as), criar espaços de interação é muito importante. Além disso, é preciso garantir que esses ambientes não deixem os(as) profissionais desconfortáveis ou constrangidos(as). Nesse sentido, manter o equilíbrio entre uma postura ética e acolhedora faz toda a diferença.
7. Buscar constantemente o autoconhecimento
Por fim, e talvez a mais importante das dicas, buscar o autoconhecimento é sine qua non, ou seja, uma condição indispensável, para o exercício da empatia. Explorar e identificar nossas emoções, e em que situações elas se manifestam, ajuda a perceber esse mesmo processo em outras pessoas. Além do auxílio de profissionais da área da psicologia e afins, é possível ter o amparo da literatura, do cinema, da arte e de muitos outros meios nos quais podemos nos ver espelhados.
Conteúdo extra
Para quem nunca ouviu falar na prática da CNV, recomendamos o curso on-line gratuito da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP). Nele, a professora Maria de Lurdes Zamora Damião aborda os princípios da Comunicação Não Violenta para aprimorar as habilidades interpessoais no ambiente de trabalho e na vida pessoal.
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E aí, acha que o mundo corporativo precisa de um pouco mais de empatia? Deixe sua opinião nos comentários e aproveite para comentar também de quais das nossas sugestões você mais gostou!
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