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5 dicas infalíveis para melhorar interpretação de texto

Olá, estudante!

Se você está com algumas dificuldades em interpretação de texto, preste atenção nessas dicas!

Neste texto, iremos te mostrar algumas técnicas e caminhos para fazer com que a leitura e interpretação de textos seja realmente eficiente, seja para a escola, vestibular ou concurso.

Como você já deve saber, interpretar bem é também o primeiro caminho para se sair bem em outras matérias, como na Matemática (ao interpretar comandos), na História (ao interpretar os fatos históricos), na Geografia (ao interpretar mapas) etc.

Vamos, então, conhecer dicas preciosas para que você melhore a sua interpretação de textos.

interpretação de texto

Fonte: Reprodução

Dica 1 – Leia os paratextos (título, referência, autor etc)

Antes de partir para a leitura do texto em si mesmo, leia informações como o título e a referência.

Fazer essa leitura inicial pode te dar uma série de informações do contexto em que aquele texto foi produzido, por exemplo:

  • Onde o texto foi publicado (livro, jornal, revista, blog, site), o que pode te ajudar a definir o gênero textual, a linguagem que irá encontrar etc;  
  • Autor do texto, o que pode ajudar caso você já conheça aquele autor e já leu outro texto dele;
  • Assunto ou tema do texto, o que pode ser antecipado pelo título, fazendo com que você já entre na leitura do texto sabendo do que ele trata.

Dica 2 – Nunca faça apenas uma leitura do texto

Veja bem: quando realizamos uma leitura de um texto sem estarmos em uma situação em que precisamos responder a perguntas sobre ele, o que fazemos é ler sem muito compromisso, ou seja, ler para saber o que está sendo falado no geral.

É justamente esse o tipo de leitura que você nunca deve fazer em uma prova de português, porque interpretar depende de uma atenção focada no que você está lendo, observando o tema, a linguagem, os sentidos implícitos etc.

Por isso, o ideal é que você faça ao menos duas leituras do texto a ser interpretado. Por isso apresentamos o roteiro de leitura e interpretação para que você possa utilizar em situações reais de provas:

2.1 – Primeira leitura do texto

Pode ser uma leitura mais rápida e geral para que você tenha uma visão ampla do que o texto trata e qual é o seu objetivo.

Durante a leitura, tente observar e identificar:

  • Qual é o assunto/tema do texto?
  • Qual é o gênero textual (crônica, artigo de opinião, notícia, carta etc)?
  • Qual é o objetivo geral desse texto (informar, defender um ponto de vista, narrar um fato etc) ?

2.2 – Leitura do enunciado das questões

Assim que terminar a primeira leitura do texto, vá até as questões e dê uma olhada geral nos comandos (enunciados) para ter uma noção do que será solicitado.

  • Grife as palavras de comando nos enunciados (explique, relacione, cite, justifique).

Faça isso antes para que, ao partir para a segunda leitura, você esteja mais atento nos pontos do texto que te ajudarão a responder às questões.

2.3 – Segunda leitura do texto

Retorne ao texto, após a leitura do enunciado das questões, e faça uma segunda leitura mais lenta e atenta, observando:

  • As ideias centrais presentes em cada parágrafo.
  • Os possíveis sentidos (usando o contexto) das palavras desconhecidas.
  • As ideias implícitas que podem ser extraídas do texto.

03 – Faça um resumo do texto lido

Se você percebe que tem uma dificuldade geral com interpretação e que tem dificuldade em se concentrar para ler textos longos, se perde no meio do caminho e termina sem ter entendido muito bem o texto, precisa realmente tentar algumas técnicas mais específicas.

Neste caso, a indicação é que você pratique realizar a escrita de resumo de textos. Você pode colocar isso como uma atividade de estudos rotineira. Por exemplo, ler e resumir um texto longo por semana.

Pode parecer bobagem, mas isso irá fazer com que, futuramente, ao interpretar qualquer texto, sua cabeça passe a agir como se estivesse automaticamente realizando um resumo de cada parágrafo lido.

Veja um roteiro para fazer resumo de textos e melhorar sua interpretação:

  • Leia, primeiramente, o texto inteiro para ter uma visão geral do que ele trata.
  • Releia com calma, resumindo as ideias de cada parágrafo.
  • Leia um trecho, processe o que leu e resuma no papel com suas palavras.
  • Faça com que seu resumo seja bem menor que o texto original.

04- Aprenda a interpretar as questões

Até agora, ensinamos a você como fazer para interpretar um texto e absorver seus sentidos. Mas se você precisa melhorar suas notas nas provas de português da escola, vestibular ou concurso, precisa também aprender a interpretar o que está sendo pedido na questão.

Na maioria dos casos, as pessoas costumam errar as questões porque não entenderam o que foi solicitado, porque não prestaram atenção à pergunta, porque ficaram desatentos ao analisar as alternativas, etc.

Então, veja as dicas valiosas que apresentamos para que você consiga acertar questões de interpretação de texto.

Interpretando questões discursivas (abertas)

  • Identificar e conhecer o sentido verbo de comando para saber exatamente o que está sendo pedido (interprete, analise, cite, transcreva, relacione, justifique etc)
  • Não informar mais do que foi pedido.
  • Verificar se a questão solicita que você faça duas coisas, por exemplo “citar” e “justificar”.
  • Elaborar uma resposta completa para deixar clara a sua resposta.

Interpretando questões de múltipla escolha (fechadas)

  • Observar se está sendo solicitada a alternativa correta ou a incorreta.
  • Voltar ao texto quantas vezes forem necessárias (por exemplo para confirmar cada uma das alternativas)
  • Realizar distinção entre a informação que está contida no texto e a informação que está correta, mas não está contida no texto.
  • Não permitir que prevaleçam as suas ideias sobre as ideias do autor.
  • Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procure marcar a mais exata ou a mais completa
  • Atentar, nas alternativas, para a presença das palavras “só”, “apenas”, “somente”: elas normalmente indicam alternativas falsas, que são muito generalistas.

05 – Pratique a interpretação de textos

A dica mais verdadeira e, com certeza, a que mais fará com que você melhore sua interpretação é justamente essa: pratique!

Você precisar fazer exercícios, provas, questões para melhorar. Sem isso, você saberá toda a teoria sobre como interpretar, mas não realizará a interpretação na prática.

Mas não é somente fazer os exercícios e verificar o que você acertou. O mais importante nesse passo é verificar porque você errou. Entender os motivos do erro, depois de conferir o gabarito, é o que irá garantir que você não errará mais.

Interpretação de textos

Fonte: Reprodução

Exercícios para fixar o conteúdo

(UFRJ – PISM)

PRATIQUE O APEGO. NÃO SEJA DESCARTÁVEL
REBECA BEDONE

Nunca se falou e escreveu tanto sobre ser feliz sozinho. Eu mesma já abordei este assunto algumas vezes e continuo acreditando que é bem melhor estar só do que mal acompanhada. Entretanto, vivemos atualmente uma “cultura do desapego” que
tem colocado a pessoa na defensiva antes mesmo de ela iniciar uma paquera ou uma nova amizade. Estão confundindo independência emocional com desapego.

Ser independente emocionalmente é estar bem consigo mesmo, sozinho, como unidade, pois não é preciso outra pessoa para se sentir completo. Em outras palavras, é não ser dependente da aprovação alheia para a própria felicidade nem sentir ciúmes do amigo ou do parceiro o tempo todo. Entretanto, ter independência emocional não significa abdicar da união sentimental com alguém. É possível estar com o outro — com mimos, declarações de carinho e até mesmo contato diário — sem ser dependente dele.

Desapego é o não apego, ou seja, é desligar-se de algo ou alguém. Abrir mão de objetos e bens materiais é um desprendimento sadio e demonstra evolução espiritual. Mas ao se cultuar o desapego sentimental (“não vou demostrar a minha afeição para não parecer fraco”, “se ele não me procura, também não irei procurá-lo”, “não preciso de ninguém” e “vou demorar para responder a mensagem para deixá-lo esperando”), criam-se, desde o início de qualquer relação afetiva, laços sentimentais frágeis.

Parece que a onda agora é se esforçar cada vez menos para estar ao lado de alguém na esfera sentimental. Talvez por insegurança, talvez para evitar qualquer tipo de sofrimento. Acontece que amar não é sofrer. A gente sofre depois que o amor acaba. Mas enquanto ele existe, é um sentimento tão honesto que somos capazes de respeitar a independência emocional do outro sem romper os vínculos afetivos com ele.

Após o término de uma relação que não deu certo, é normal o distanciamento, ou seja, o encerramento daquela etapa da vida. Mas quem inicia um relacionamento pensando “vou ficar na minha para não me apegar muito” já está terminando antes mesmo de começar.

Os relacionamentos superficiais são fruto dessa nova “cultura do desapego”: falta contato físico e sobra frieza emocional. A qualquer contratempo na relação, desiste-se da pessoa e parte-se para outra. Troca-se de namorado como se troca de roupa. Evita-se a amizade. Criam-se relacionamentos descartáveis. Pessoas descartáveis. Sorrisos descartáveis. Gente descrente. Zack Magiezi resume, em outras palavras, essa falta de ligação com o
outro: “No século 21, só os corajosos sabem dizer: preciso de você”.

Está sobrando gente desapegada e está faltando abraço apertado, beijo molhado e carinho no peito. Tem muito grito de individualismo (ou seja, independência egoísta) para pouco silêncio compartilhado. As pessoas se comunicam via cosmos com suas parafernálias tecnológicas e se esquecem da simplicidade do olho no olho.

É natural desapegar-se do que não te faz bem ou daquilo que te traz infelicidade, mas não é saudável levar uma vida desapegada das pessoas. Os desapegados renunciam aos seus sentimentos. Eles até podem ser felizes sozinhos, mas nunca aprenderão como é bom estar junto de outra pessoa.

Disponível em: <http://www.revistabula.com/7559-pratique-oapego-nao-seja-descartavel/>. Acesso em: 31 out. 2016.

QUESTÃO 1

Releia novamente o terceiro parágrafo do texto. Nesse parágrafo do texto, a autora usou aspas para:

a) destacar exemplos de falas daqueles que cultuam o desapego sentimental.
b) criticar comportamentos comumente ridicularizados em relações afetivas.
c) argumentar em favor daqueles que praticam o desapego sentimental.
d) sugerir modos de se expressar ao praticar o desapego sentimental.
e) relatar como é difícil manter relações afetivas no século XXI.


QUESTÃO 2

A autora usou expressões coloquiais para:

a) revelar que acredita nas relações amorosas.
b) argumentar em favor de uma atitude desapegada.
c) retratar uma situação cotidiana e muito corriqueira.
d) defender vínculos mais fortes entre as pessoas.
e) tornar seu texto mais próximo do leitor.


QUESTÃO 3

No trecho: “Criam-se relacionamentos descartáveis. Pessoas descartáveis. Sorrisos
descartáveis.”, a repetição da palavra “descartáveis” tem como efeito principal


a) provocar o riso.
b) enfatizar uma ideia.
c) indicar uma progressão.
d) ironizar os apaixonados.
e) criticar os relacionamentos.


QUESTÃO 4

Segundo o texto, é característica da pessoa emocionalmente independente:


a) ter ciúme do parceiro.
b) viver sempre sozinho.
c) não depender do outro.
d) não se preocupar com o outro.
e) não ser carinhoso com o outro.


QUESTÃO 5

De acordo com o texto Pratique o apego. Não seja descartável, são características de
relacionamentos superficiais:

 

a) falta de contato físico e tentativas de amizade.
b) troca constante de namorado e relações apegadas.
c) descrença nas pessoas e confiança nas instituições sociais.
d) frieza emocional e desistência constante dos relacionamentos.
e) sorrisos descartáveis e relações intencionalmente duradouras.

 

GABARITO

1) A
2) E
3) B
4) C
5) D

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