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20 cuidados para você não zerar na redação

Olá, leitor!

A principal preocupação da maioria dos estudantes é zerar na redação. Hoje vamos elencar alguns cuidados para não zerar na redação. Confira!

Conheça 20 cuidados para não zerar na redação

1 – Organização

Muitos alunos ao realizar a prova acabam se perdendo na elaboração do texto e o tempo torna-se insuficiente. Muitas vezes por conta do nervosismo perdem muito tempo ao responder as questões e esquecem de reservar um tempo para a redação.

O importante é manter a calma durante a prova, organize-se de forma a ter disponível pelo menos uma hora para escrever a redação. Uma dica é, logo no início na prova, leia o tema da redação e durante a realização das questões sempre que tiver uma ideia anote no rascunho.

2 – Brainstorming

A tradução literal de “brainstorming” é “tempestade cerebral” ou tempestade de ideias. Ela pode ser utilizada para um princípio de rascunho, porém no mundo corporativo esta técnica é utilizada para trabalhos em grupo, e atividades que explorem a potencialidade criativa do sujeito ou do grupo, pois todas as ideias por mais bobas que pareçam são levadas em consideração.

Esta técnica propõe a resolução de problemas em três principais fases:

  • Encontrar os fatos;
  • Geração da ideia;
  • Encontrar a solução.

Podemos utilizá-la nas redações da seguinte forma:

  • Leia o tema da redação;
  • Pense quais são os fatos ligados ao tema;
  • Anote todas as ideias relacionadas ao tema;
  • Selecione as ideias que possam te auxiliar a responder as questões relativas ao tema;
  • Verifique o gênero discursivo e estruture os parágrafos (em poucas palavras, seu texto precisa ter um começo, meio e fim).

3 – Rascunho

O rascunho é imprescindível na geração de ideias, vimos que ele faz parte do Brainstorming. Neste primeiro momento você deve se preocupar com as ideias e com isso muitas vezes comete erros de ortografia e gramática. Ao ler o rascunho você consegue revisar o texto e o corrige antes de passar para a folha oficial.

4 – Faça perguntas

Ao problematizar o tema você consegue estruturar melhor o seu texto e consegue entender qual é a sua relevância para a sociedade. Pense em ideias práticas que possam ser estruturadas e verificadas durante o texto.

5 – Título

Embora algumas redações não imponham a obrigatoriedade do título é sempre bom colocá-lo. O título personaliza o seu texto, fornece elementos de estruturação e de lógica.

6 – Como a folha em branco pode zerar na redação

Você pode se sentir perdido, não conhecer o tema, ou não saber ao certo o que escrever para responder o tema proposto. Mas nunca entregue a folha em branco ou com menos de sete linhas.

Pense na técnica do Brainstorming, tente elaborar ideias que respondam ao tema mesmo de forma superficial. Escreva, talvez você não consiga uma boa pontuação, mas este esforço evita zerar na redação.

7 – Evite desenhos e cópias de textos

Para não zerar na redação você não deve desenhar e nem citar textos que não sejam condizentes com o tema proposto ou com a lógica do seu próprio texto. Muitos alunos zeram a redação por fazer qualquer tipo de desenho, independentemente do tamanho. Lembre-se, o objetivo é REDAÇÃO e não desenho.

O mesmo aconteceu com os alunos que escreveram receitas culinárias, poemas ou hinos de futebol, saiba que é inadmissível esta prática. O professor que está lendo sua redação na correção oficial, pode se sentir ofendido, acaba sendo uma falta de respeito.

8 – Gênero discursivo

Infelizmente por falta de conhecimento ou nervosismo, alguns alunos acabam zerando na redação por não atenderem a estrutura do gênero discursivo. A maioria das provas utilizam o dissertativo-argumentativo. Uma dica é o treino, você só irá escrever bem escrevendo, não existe mágica somente treino.

9 – Não fuja do tema para não zerar na redação

Normalmente, quando se é dado um tema espera-se que o aluno escreva sobre ele. Não se admite falar sobre outros assuntos. Não manifeste opiniões políticas e nem partidárias.

Um exemplo: O tema é “A crise hídrica”. Os alunos precisam escrever sobre a escassez de água, pode acrescentar os dados geográficos que você conhece e informações sobre o abastecimento de uma determinada região, formas de como evitar o desperdício da água, etc. São assuntos ligados ao tema.

Lembre-se, mesmo que tenha uma opinião formada sobre os culpados ou sobre a responsabilidade do governo, não se deve mencionar. Por mais que conheça o assunto evite reproduzir a fala de outras pessoas. Escreva somente sobre o tema proposto de forma imparcial.

10 – Ambiguidade

Infelizmente quando não se pensa na frase ou não se revisa corretamente, podemos escrever frases com duplo sentido. Muitas vezes quando uma frase pode ser utilizada para duas interpretações diversas pode confundir o interlocutor. Exemplo:

“Os alunos insatisfeitos reclamaram da nota no trabalho.”

Os alunos já eram insatisfeitos ou ficaram insatisfeitos naquele momento?

“Houve discussão sobre o tráfico de drogas no Senado”

Os senadores discutem sobre o tema tráfico de drogas ou houve um caso de tráfico de drogas no Senado?

No momento da correção verifica-se que ambas as frases possuem duplo sentido, o professor avaliador não conseguirá saber a intenção do autor. E poderá interpretar erroneamente a frase. Portanto, é indispensável a revisão do texto.

11 – Legibilidade

A legibilidade é uma qualidade atribuída ao texto, que determina se ele é de fácil leitura ou não. Se os parágrafos forem muito grandes e com pouca fluidez na leitura terá baixa legibilidade.

Devemos lembrar que as frases longas prejudicam e podem gerar problemas com a coesão textual. As frases devem ter entre 15 a 20 palavras, caso necessite no máximo 25 palavras. Não é aconselhável passar desta quantidade pois você corre o risco de utilizar erroneamente os conectivos, prejudicando assim o entendimento do seu texto.

12 – Texto dissertativo-argumentativo

No texto dissertativo-argumentativo não se deve escrever em primeira pessoa do singular “eu”. Lembre-se, deverá sempre utilizar a terceira pessoa do singular “ele”, “ela” ou “você”. Cuidado com os termos “na minha opinião”, “eu acho”, “eu penso” e “no meu ponto de vista” eles não podem ser utilizados.

O pronome “eu” identifica a primeira pessoa do singular quem transmite a opinião, utilizando a terceira pessoa. Como por exemplo:

“Eu acho que o quadrado é uma figura plana”.

O correto seria: “o quadrado é uma figura plana”. Mesmo que você não tenha certeza da alegação, você demonstra ao leitor uma objetividade quando afirma.

13 – Evite expressões coloquiais

Outro erro frequente nas redações é o uso das expressões coloquiais. Normalmente não percebemos, mas temos um modo de falar com nossos amigos que é diferente do escrito. Esse modo é de uso informal da língua e não podemos utilizá-lo quando escrevemos uma redação.

Uma dica importante é a revisão do seu texto. Quando estudamos, treinamos a escrita, é recomendável que você escreva e peça para alguém ler e fazer correções se houver. Não fique chateado quando alguém te corrige, reflita sobre o erro e tente na próxima vez não repetir o mesmo erro. Encare a correção como construtiva, para sua escrita ficar sempre mais rica em conteúdo.

14 – Evite gírias e abreviações das redes sociais

Com o uso frequente das mensagens e redes sociais, frequentemente encurtamos algumas palavras ou usamos gírias. Infelizmente, nas redações oficiais o aluno pode zerar na redação se não realizar a revisão do texto excluindo os erros e estas expressões.

Portanto, policie o uso dos registros orais e gírias como “aí”, “daí”, “brol”, “né”, “tipo”, “tá ligado”, “cara”, “blz”, “verII”, “vc”, “cmg”, “pq”, “tb”, entre outras.

  • Quando se referir a pessoa use os pronomes pessoais ele, ela, você…
  • Quando se referir ao que ocorre após, utilize: após esse instante, depois disso, além disso, doravante, a partir deste momento, de ora em diante…

Lembre-se quando escrevemos devemos utilizar saudações formais de acordo com a norma culta.

15 – A ortografia pode zerar a redação

Ao escrever uma redação é imprescindível que você faça a revisão de seu texto. Quando o professor ou avaliador estiver lendo o seu texto, ele precisa acreditar em você e consequentemente para acreditar no que está escrito. Vejamos um exemplo:

“Essi problema da crise da fauta da água prejudica todo mundo”

Se coloque na posição de leitor, de professor ou de avaliador, ao ler esta frase o que você pensaria? Provavelmente você pararia de ler ou se questionaria sobre a validade da escrita. Para muitos especialistas, o erro de ortografia é mais grave que o erro de gramática, pois durante a escolarização estuda-se primeiro a escrita das palavras.

16 – Atenção às palavras “mal” e “mau”

Infelizmente é um erro comum a confusão entre o “mau” e “mal”. Vamos explicar e exemplificar o seu uso:

O “Mau” é um adjetivo, portanto ele qualifica o substantivo, ele é o contrário de “bom” como por exemplo:

  • João é um menino mau…;
  • O lobo mau correu…;
  • Maria está de mau humor.

Já o “Mal” é um advérbio e pode assumir a função de substantivo na frase, ele é o contrário de “bem”. Portanto, podemos dizer que ele qualifica o verbo ou o adjetivo, vejamos alguns exemplos de seu uso:

1. Contrário de bem, usado como advérbio de modo:

  • Carlos dirige mal;
  • Mara cantava mal.

2. Utilizado na função de substantivo, nos casos com o sentido de doença, de tristeza, de desgraça ou de uma tragédia.

  • Nós devemos evitar o mal;
  • Meu mal não tem cura.

3. Utilizado como conjunção temporal “quando”:

  • Mal chegou no trabalho, o celular tocou;
  • Mal me viu, começou a chorar.

Normalmente os professores aconselham a substituí-lo na frase se puder utilizar o “bom” escreva com “U”, mas se utilizar “bem” escreva com “L” é uma regra simples de antônimo que sempre funciona.

17 – Atenção ao pronome relativo “onde”

Muitos alunos confundem ao utilizar o pronome relativo “onde”, pois ele é invariável e só pode ser utilizado com referência à lugar. Pode-se utilizá-lo para indicar o lugar onde está ou em que ocorre um evento ou um acontecimento.

Normalmente o verbo que o acompanha é de permanência. Vejamos três exemplos:

  • Onde está a mala?
  • Onde a Vitória está?
  • Não sei onde começa a corrida.

18 – Atenção às palavras escritas com “s” ou “z”

Normalmente usamos o “S” com som de “Z” entre duas vogais como, por exemplo, nas palavras: casamento; curiosidade; conclusão; crise. Nas palavras terminadas em:

  • ase: frase, quase;
  • esa: francesa, burguesa;
  • ese: catequese, hipótese;
  • isa: poetisa, pitonisa;
  • ise: crise, análise;
  • osa: majestosa, glamourosa;
  • ose: escoliose, lactose;
  • oso: ansioso, presunçoso.

Também devemos lembrar dos verbos terminados em -isar que são derivadas de palavras escritas com “S” como por exemplo:

  • analisar (análise);
  • avisar (aviso);
  • improvisar (improviso);
  • alisar (liso);
  • pesquisar (pesquisa);
  • pisar (piso).

19 – Atenção às palavras “seção”, “cessão” e “sessão”

O uso destas palavras também pode gerar um erro frequente. Uma regra simples é prestar atenção ao significado, vejamos os exemplos:

A palavra “Seção” significa corte, segmento ou uma subdivisão. Também pode ser utilizado como uma repartição de um serviço público ou privado, sendo também sinônima de repartição, departamento e setor. Vejamos três exemplos:

  • Os sabonetes se encontram na seção de higiene pessoal.
  • A seção do jornal que fala sobre gastronomia fica à direita.
  • Qual é a nossa seção eleitoral?

Já “Cessão” refere-se ao ato de ceder, de dar, de transferir um direito ou um bem, bem como emprestar. Vejamos três frases:

  • Ele confirmou a cessão de seus bens para a igreja.
  • A cessão das instalações para a formação será amanhã.
  • A biblioteca cancelou a cessão de livros aos estudantes.

E “Sessão” tem sentido de intervalo de tempo de uma reunião, um espetáculo, uma apresentação ou qualquer outra atividade que possua intervalos. Como por exemplo:

  • Assistiremos à próxima sessão desse filme.
  • A Câmara convocou uma sessão para amanhã às dez horas.
  • Minha avó participou numa sessão de dança ontem.

20 – Atenção ao uso da crase

Muitos alunos acabam errando no momento de acentuar as palavras. Muitos afirmam que isso ocorre por desconhecimento das normas ortográficas e gramaticais ou pelo posicionamento correto da sílaba tônica.

Entretanto, nas redações oficiais se destaca como erro comum o uso da crase. Observemos a regra quando a palavra que antecede necessita da preposição e a palavra seguinte necessite do artigo “a”. Para esclarecer melhor, vejamos algumas orientações do uso da crase:

  • Utilizada antecedendo as palavras femininas: “Assisti às aulas.”
  • Utilizada para indicar as horas: “A aula começa às 10 horas.”
  • Utilizada nas locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas que sejam femininas: “às vezes como rápido.” ou “Andemos às pressas.”

Não se deve utilizar a crase antes de palavras masculinas, de verbo ou de pronomes como “você, “ele”, “ela”.

Até logo!

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