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10 obras de Carlos Drummond de Andrade

Olá, leitores do Canal do Ensino!

Notícia boa para fãs da literatura brasileira. Foram encontrados três poemas inéditos de Carlos Drummond de Andrade! A responsável é uma aluna do curso de Letras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Veja abaixo essas três novidades e mais 7 textos do poeta, totalizando 10 obras de Carlos Drummond de Andrade.

Como os poemas foram encontrados

A estudante Mayra Fontebasso encontrou os escritos quando fazia sua pesquisa de iniciação científica sobre textos literários publicados na revista “Raça”, editada em São Carlos entre 1927 e 1934. Os textos do poeta mineiro foram publicados em junho de 1929.

Após encontrar os poemas, a estudante e seu orientador – o professor Wilton José Marques – consultaram inventários e volumes que reúnem os trabalhos de Drummond. Os três poemas não constavam em nenhum deles. Segundo o jornal, após consultarem Antônio Carlos Secchin, crítico e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), especialista na obra do poeta, eles receberam a confirmação de que o material em questão era realmente inédito.

Carlos Drummond de Andrade

Este consagrado poeta brasileiro nasceu em Itabira, Minas Gerais no ano de 1902. Tornou-se, pelo conjunto de sua obra, um dos principais representantes da literatura brasileira do século XX.

Seus poemas abordam assuntos do dia a dia, e contam com uma boa dose de pessimismo e ironia diante da vida. Em suas obras, há ainda uma permanente ligação com o meio e obras politizadas. Além das poesias, escreveu diversas crônicas e contos.

Os principais temas retratados nas poesias de Drummond são: conflito social, a família e os amigos, a existência humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas e as lembranças da terra natal.

Novos poemas de Drummond

Confira abaixo os três novos textos de Drummond encontrados pela estudante Mayra Fontebasso:

O poema das mãos soluçantes, que se erguem num desejo e numa súplica

Como são belas as tuas mãos, como são belas as tuas mãos pálidas como uma canção em surdina…

As tuas mãos dançam a dança incerta do desejo, e afagam, e beijam e apertam…

As tuas mãos procuram no alto a lâmpada invisível, a lâmpada que nunca será tocada…

As tuas mãos procuram no alto a flor silenciosa, a flor que nunca será colhida…

Como é bela a volúpia inútil de teus dedos…

O poema das mãos que não terão outras mãos numa tarde fria de Junho

Pobres das mãos viúvas, mãos compridas e desoladas, que procuram em vão, desejam em vão…

Há em torno a elas a tristeza infinita de qualquer coisa que se perdeu para sempre…

E as mãos viúvas se encarquilham, trêmulas, cheias de rugas, vazias de outras mãos…

E as mãos viúvas tateiam, insones, – as friorentas mãos viúvas…

O poema dos olhos que adormeceram vendo a beleza da terra

Tudo eles viram, viram as águas quietas e suaves, as águas inquietas e sombrias…

E viram a alma das paisagens sob o outono, o voo dos pássaros vadios, e os crepúsculos sanguejantes…

E viram toda a beleza da terra, esparsa nas flores e nas nuvens, nos recantos de sombra e no dorso voluptuoso das colinas…

E a beleza da terra se fechou sobre eles e adormeceram vendo a beleza da terra…

Quer mais, né? Então não deixe de conferir as obras mais famosas de Drummond:

Alimente sua alma com estas 10 obras de Carlos Drummond de Andrade!

Até a próxima!

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