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Passo a passo para criar uma sala de aula adaptada

Olá, pessoal!

Você que é professor ou coordenador escolar: já pensou em criar uma sala de aula adaptada para os alunos deficientes? Sabe como fazer ou por onde começar essa inclusão nas escolas?

Se a resposta foi negativa, veja este passo a passo para criar uma sala de aula adaptada que o site Nova Escola disponibilizou.

Antes de mais nada, o conteúdo também entra nessa conta e deve ser flexibilizado, mas para isso você precisa sondar o que o aluno já sabe, adaptar o que for necessário e fazer uma boa avaliação.

Como criar uma sala de aula adaptada

Entenda cada uma das etapas a serem seguidas para um ensino adaptado:

1- Diagnóstico

Por meio de uma sondagem (um diagnóstico inicial) descubra o que o aluno já sabe e verifique como pode contribuir com o resto da classe. Tire o foco do diagnóstico médico e proponha situações desafiadoras para descobrir até onde ele pode chegar. Os laudos médicos são importantes para que se conheça algumas características que costumam estar presentes em alunos com alguns tipos de deficiência, mas não contribuem para planejar o dia a dia em sala de aula.

É muito comum, sobretudo nos casos de alunos que apresentam algum tipo de deficiência intelectual, que a preocupação seja sobre o que “está faltando”, sobre aquilo que ele não sabe, mas isso raramente ajuda.

Em vez de olhar para as dificuldades, foque nas possibilidades de aprendizagem. Você pode propor uma atividade diagnóstica específica e, no dia a dia, manter o olhar atento sobre o que o aluno conhece, qual a sua participação em projetos e trabalhos em grupo e em todas as atividades cotidianas.

2- Adaptação (ou flexibilização)

Em algumas situações de adaptação curricular, é necessário transformar apenas os objetivos do que é ensinado. Em outros casos, você deverá flexibilizar os meios para realizar certas atividades, lançando mão de mais recursos sonoros, visuais ou táteis, por exemplo.

O currículo deve ser adaptado ou personalizado se o professor reconhecer a necessidade do aluno para intervenções diferentes das aplicadas ao resto da classe. Todos precisam aprender juntos. Portanto, nada de deixar seu aluno com deficiência como “café com leite” da turma.

Para exemplificar, veja algumas orientações gerais de aulas para alunos com deficiência intelectual, física, visual e auditiva:

  • Deficiência Intelectual: cada um destes alunos é único.  Por isso, é preciso conhecer os pontos fracos e fortes dessa criança para fazê-la avançar pelos meios mais adequados. É comum que estes estudantes tenham dificuldades com conteúdos abstratos. Contextualizar atividades e conteúdos com situações do cotidiano podem ajudá-lo a aprender. Outra sugestão é flexibilizar o tempo de realização da atividade conforme o ritmo da criança e repetindo as etapas sempre que for preciso.
  • Deficiência Física: se o seu aluno possui deficiência física nos membros superiores, ofereça a ele pranchetas com apoios para que tenha firmeza ao escrever. Os lápis e canetas também devem estar envoltos em espuma, para que não escorreguem. Se houver limitação nos membros inferiores, eles ainda podem participar das aulas de Educação Física jogando com as mãos e você ainda pode adaptar algumas modalidades para que todos joguem nas mesmas condições.
  • Deficiência Visual: em parceria com o AEE, ofereça registros escritos em braile ao aluno cego. Deixe que ele grave as aulas e, se tiver uma máquina braile, respeite o tempo de escrita desta criança. Providencie, ainda, estímulos táteis, auditivos e olfativos, para que o aluno consiga perceber texturas, formas e aromas.
  • Deficiência Auditiva: ter um intérprete de Libras na escola é um direito. Mas, se a sua escola ainda não contar com a ajuda deste profissional, não desista. Abuse dos estímulos visuais e táteis, ofereça bons registros escritos e em imagens e ajude o seu aluno no dia a dia. Proponha que ele sente nas carteiras da frente e procure falar olhando para o aluno, caso ele seja capaz de fazer a leitura labial.

3- Avaliação

Determine metas e objetivos de aprendizagem específicos para os alunos que apresentam algum tipo de deficiência.  Consequentemente, a avaliação desses estudantes vai refletir as adaptações que você fez para ensinar, já que a avaliação é sempre pautada no que já foi dado em sala de aula.

É fundamental considerar que, se a classe inteira está fazendo uma prova, esse aluno também deverá fazer junto, ao mesmo tempo em que os colegas. Mesmo que o conteúdo seja diferente, detalhes como cabeçalho idêntico ao da prova regular, sistema de avaliação (notas ou conceitos) e correção/devolução no mesmo dia e na mesma hora do grupo, são importantíssimos.

Para finalizar, não se esqueça de registrar todas as atividades realizadas com a turma e de guardar as produções dos alunos. Isso vai ajudá-lo a traçar um panorama de aprendizagem e focar os pontos em que o aluno ainda precisa avançar.

Esperamos que essas dicas do site Nova Escola o ajudem a criar uma sala de aula adaptada para a melhor socialização e inclusão de adolescentes e crianças com deficiência.

Boa sorte.

Até!

comentários (1)

  • Vandilma Souza Moura Marinho

    Acredito que a intervenção pedagógica é viável quando aposta nas possibilidades da criança,a partir daí é possível proporcionar oportunidades de desenvolvimento físico,social e intelectual. Surgem reflexões para o desenvolvimento de habilidades,consequentemente respostas para um possível diagnóstico que venha otimizar o desenvolvimento da aprendizagem.

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