Canal do YouTube ensina Filosofia usando games
Olá!
Ensinar filosofia nunca é fácil. Os estudantes geralmente acham a matéria maçante. Mas sempre existem meios inovadores e interativos para facilitar a vida dos professores nesse quesito. Então imagina: o que os filósofos Platão e Jean Paul Sartre têm em comum com games do Nes, videogame da década de 1980? Dois cineastas norte-americanos se perguntaram isso para criar uma série de vÃdeos educativos unindo teorias muitas vezes difÃceis com jogos clássicos.
VÃdeos
Um exemplo são os vÃdeos com episódios do 8-Bit Philosophy, disponÃveis no YouTube. Criados por Jacob S. Salamon e Jared F. Bauer, eles são inspirados no sucesso de uma outra série da dupla, a Thug Notes. Nesta, um “mano” abusa das gÃrias para resumir e analisar de forma séria obras literárias que vão de “Édipo Rei” e “Macbeth” a “Jogos Vorazes” e “O Hobbit”.
Como surgiu a ideia
“Depois de fazer o Thug Notes, sabÃamos que o próximo assunto que querÃamos abordar era a filosofia”, diz Bauer. AÃ, a questão se tornou “Como podemos deixar a filosofia mais palatável e não tão séria?”, conta.
Os criadores acharam divertido unir games e filosofia e viram público potencial na grande quantidade de vÃdeos dedicados a games no site de vÃdeos.
Animações
A primeira animação usou gráficos de “The Legend of Zelda” para dar conta da alegoria da caverna, de Platão. Logo personagens de Mario viraram proletários explorados que explicam teorias de Karl Marx e o azulão Megaman se viu atirando no vilão Willy para entender conceitos de Friedrich Nietzsche.
Immanuel Kant e o jogo de tiro Contra se fundiram em “Kantra – Os humanos operam como computadores?”. Conceitos de René Descartes, Martin Heidegger, Jean Paul Sartre, Simone de Beauvoir e outros filósofos também são abordados.
Perguntado sobre se o público do YouTube parece entender os conceitos, Bauer diz que a reação tem sido mista: “Esse tem sido o maior desafio do projeto – tentar educar os leigos enquanto satisfaz os especialistas. É um equilÃbrio muito delicado”.
Processo
Para escolher o tema do episódio, Bared diz que lê textos introdutórios de filosofia e recebe consultoria de dois acadêmicos da área, Mia Wood e Matt Reihcle. Como a equipe é muito ocupada, geralmente só tem tempo para falar sobre jogos antigos.
“Então eu passo horas assistindo a vÃdeos de jogos de Nesno YouTube”, conta o cineasta.
A produção dos vÃdeos é feita por um animador que está na Coreia do Sul, tornando a diferença de fuso a maior dificuldade de todo o processo.
Unir diversão e prazer com aprendizado… existe receita melhor para melhorar cada vez mais os métodos de ensino?
Até a próxima!