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8 formas de avaliar sem ser por múltipla escolha

Olá, professores?

Que professor que vai aplicar uma prova nunca ouviu a frase: “a prova vai ser dissertativa ou de múltipla escola?”. É uma pergunta bem comum, mas essas não precisam ser suas únicas opções. Veja aqui 8 formas de avaliar sem ser por múltipla escolha.

Especialistas indicam que professores devem se atentar a outras ferramentas de medição do desempenho dos estudantes – especialmente às da vida real. Por exemplo, uma maratona ou um concurso de dança poderiam valer créditos à disciplina de educação física ou então um trabalho voluntário no bairro valer como nota para a disciplina de estudos sociais ou língua portuguesa.

Formas de avaliar os estudantes

Confira abaixo oito dicas que podem ajudar os educadores sobre como avaliar os estudantes sem ser por meio de exames padronizados.

1- Games

Cada vez mais jogos estão sendo criados não apenas como uma forma de entretenimento. Os games educativos permitem aos alunos que aprendam o tempo inteiro enquanto jogam, na medida em que vão passando de fase –ao contrário de uma prova tradicional. Cada estudante tem seu próprio ritmo de aprendizagem, o que traduz o grau de cada um.

Um bom exemplo é o Manga High e os games que estão sendo desenvolvidos pela Tamboro, empresa brasileira que se dedica exclusivamente à criação de jogos educativos.

2- Badges e pontos

Os badges (em um paralelo simples, como se fossem medalhas dos escoteiros) vêm se popularizando como um mecanismo de recompensa em jogos casuais e redes sociais como foursquare.com – na qual o usuário faz um check-in e, por isso, ganha pontos a cada lugar em que marca onde está.

Transportados à educação, os badges podem ser usados para demonstrar a conclusão (bem sucedida) de uma atividade. Um exemplo disso é o Codecademy, site que ensina aos estudantes a programar. E a cada nível de codificação que avançam, eles vão recebendo badges e ganhando pontos.

3- Trabalhos reais

Outra forma de avaliação é o incentivo aos estudantes para que saiam para fora da sala de aula e realizem trabalhos de verdade. Na Catherine Ferguson, nos Estados, escola dedicada a adolescentes grávidas ou que já se tornaram mães, parte do currículo das alunas é composto por trabalhos bem mão na massa, como ajudar a construir casas, nos bairros vizinhos, para colegas que não têm onde morar.

4- Talentos

Ao contrário dos pontos oferecidos apenas para as atividades realizadas na escola, por que não oferecê-los para atividades realizadas também para além da sala de aula? Por exemplo, uma maratona, um concurso de dança ou um torneio de vôlei poderiam valer pontos na disciplina de educação física; um diário de bordo, a partir de uma viagem, poderia valer para créditos em estudos sociais; um recital, para ganhar nota na disciplina de música. Essas seriam situações em que a avaliação não vem da escola, mas do cotidiano desses jovens, do mundo real deles.

5- Personalização

A avaliação precisa ser personalizada ao aluno, não padronizado para o sistema. Plataformas vêm surgindo para trabalhar de maneira individual o ensino. A Knewton, por exemplo, é uma das mais importantes do mundo. O ambiente virtual entrega o conteúdo aos alunos de diferentes formas e lhes propõe atividades ou exercícios, de acordo com o desenvolvimento de cada um

6- Desafio

Por que marcar X numa prova, se na vida real somos avaliados de acordo com aquilo que fazemos e as atitudes que tomamos? Não é raro escutar por aí que, em vez dos clássicos testes de múltipla escolha, os professores deveriam avaliar seus alunos à partir de desafios da vida real. Essa modalidade de avaliação funciona assim: o professor dá uma missão para o aluno e ele, com as habilidades que vem desenvolvendo na escola, precisa resolvê-la. Essa missão pode ter inúmeras características.

Nos EUA, a startup Rad Matter serve como uma vitrine para que os alunos mostrem seus talentos a empresas que estão buscando jovens profissionais. A cada contato entre empresa e aluno, uma missão é dada e o aluno é desafiado a conclui-la. Na escola, o desempenho dos alunos nessas missões podem ser considerados para compor sua nota na disciplina mais cabível.

No Brasil, um iniciativa está levando alunos da periferia de São Paulo a praticar esportes radicais, como escalada ou Le Parkour. A intenção é fazê-los sair de suas zonas de conforto e desenvolver regras de convivência, trabalho em equipe e autoconhecimento.

7- Lideranças virtuais

Estudantes mundo afora estão realizando trabalhos incríveis fora da escola. Eles estão fazendo vídeos virais, escrevendo textos ou publicando seus próprios blogs, entre outras atividades.

Considerado um paradigma atual, o problema é que muitas escolas ainda não entenderam que podem contar com a internet e as tecnologias móveis para potencializar o talento de seus alunos. O que acaba acontecendo é que o mundo da escola e o virtual ficam separados e muitos talentos deixam de ser valorizados. Um exemplo que ilustra isso é o caso da menina Isadora Faber, que criou um blog para denunciar os problemas de sua escola e inspirou inúmeros Diários de Classe no Brasil. O que os alunos fazem no universo virtual podem e devem ser considerados nas disciplinas de comunicação e expressão.

8- Portfólios virtuais

Os portfólios virtuais podem ser uma boa opção para que os estudantes reúnam suas produções – sejam músicas, desenhos, textos, vídeos etc. Esses materiais podem ser hospedados em um blog, na intranet da faculdade e da escola ou até mesmo em programas gratuitos adotados pelo professor para compartilhamento de arquivos.

Uma plataforma nova que pode ajudar os alunos a construírem seus portfólios é a Knowit App. Os portfólios online são boas ferramentas para melhorar a escrita dos alunos e também ajudam professores a trabalhar temas como uso de mídias sociais, cidadania digital e direitos autorais.

Em tempos de constantes mudanças, não só tecnológicas, na vida dos estudantes, inovação em sala de aula é tudo que eles precisam para se integrarem cada vez mais à escola.

Professor, experimente essas formas de avaliar seus alunos e sinta a diferença.

Boa sorte.

Até mais.

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