10 melhores técnicas de estudo, segundo a ciência
Oi pessoal!
Um estudo publicado em janeiro de 2013 na revista cientÃfica Psychological Science in the Public Interest avaliou 10 técnicas comuns de aprendizagem para classificar quais possuem de fato a melhor utilidade.
O resultado do paper (Ãntegra aqui) traz algumas surpresas para o estudante.
Técnicas bastante populares no Brasil, como resumir, grifar, utilizar mnemônicos, visualizar imagens para apreensão de textos e reler conteúdos foram classificadas como as de utilidade mais baixa.
Três práticas foram encaradas como de utilidade moderada: interrogação elaborativa, auto-explicação e estudo intercalado.
E as duas que obtiveram o mais alto grau de utilidade na aprendizagem foram as técnicas de teste prático e prática distribuÃda.
É a ciência desaprovando boa parte do meu método de estudo, muito baseado em resumos, grifos, mnemônicos e mapas mentais. Por outro lado, foi confirmada a impressão que eu tinha de que a realização de exercÃcios em doses cavalares era extremamente efetiva para o estudo para concursos públicos.
Lembre-se de que o ranking reflete os resultados do estudo, porém cada pessoa tem o seu estilo de estudo e nada está escrito em pedra. Dito isto, falemos agora sobre as dez técnicas, das piores para as melhores.
Grifar – Utilidade Baixa
Prepara-se para dar um descanso ao seu grifador amarelo. O estudo aponta que a técnica de apenas grifar partes importantes de um texto é pouco efetiva pelos mesmos motivos pelos quais é tão popular: praticamente não requer esforço.
Ao fazer um grifo, seu cérebro não está organizando, criando ou conectando conhecimentos. Então, grifar só pode ter alguma (pouca) utilidade quando combinada com outras técnicas.
Releitura – Utilidade Baixa
Reler um conteúdo, em regra, é menos efetivo do que as demais técnicas apresentadas. O estudo, no entanto, mostrou que determinados tipos de leitura (massive rereading) podem ser melhores do que resumos ou grifos, se aplicados no mesmo perÃodo de tempo. A dica é reler imediatamente depois de ler, por diversas vezes.
Mnemônicos – Utilidade Baixa
Segundo o dicionário Houaiss, mnemônico é algo relativo à memória; que serve para desenvolver a memória e facilitar a memorização (diz-se de técnica, exercÃcio etc.); fácil de ser lembrado; de fácil memorização.
Em apostilas e sites de concursos públicos, é muito comum ver o uso de mnemônicos com as primeiras letras ou sÃlabas, como SoCiDiVaPlu para decorar os fundamentos da República Federativa do Brasil (artigo 1º da Constituição).
O estudo da Psychological Science in the Public Interest mostrou que os mnemônicos só são efetivos quando as palavras-chaves são importantes e quando o material estudado inclui palavras-chaves fáceis de memorizar.
Assuntos que não se adaptam bem a geração de palavras-chaves não conseguiram ser bem aprendidos com o uso de mnemônicos. Então, utilize-os em casos especÃficos e pouco tempo antes de teste.
Visualização – Utilidade Baixa
Os pesquisadores pediram que estudantes imaginassem figuras enquanto liam textos. O resultado positivo foi apenas em relação a memorização de frases. Em relação a textos mais longos, a técnica mostrou-se pouco efetiva.
Surpreendentemente (ao menos para mim), a transformação das imagens mentais em desenhos também não demonstrou aumentar a aprendizagem e ainda trouxe o inconveniente de limitar os benefÃcios da imaginação.
Isso não invalida completamente o uso de mapas mentais para estudos, já que esses consistem além de desenho a conexão de ideias e conceitos.
De qualquer maneira, o resultado do estudo é que a visualização não é uma técnica efetiva para provas que exijam conhecimentos inferidos de textos.
Resumos – Utilidade Baixa
Resumir os pontos mais importantes de um texto com as principais ideias sempre foi uma técnica quase intuitiva de aprendizagem.
O estudo mostrou que os resumos são úteis para provas escritas, mas não para provas objetivas.
Embora tenha sido classificado como de utilidade baixa, a técnica de resumir ainda é mais útil do que grifar e reler textos. O paper diz que a técnica pode ser uma estratégia efetiva para estudantes que já são hábeis em produzir resumos.
Interrogação Elaborativa – Utilidade Moderada
A técnica de interrogação elaborativa consiste em criar explicações que justifiquem por que determinados fatos apresentados no texto são verdadeiros.
O estudante devem concentrar-se em perguntas do tipo Por quê? em vez de O quê?.
Seguindo o exemplo que demos pouco antes, em vez de decorar um mnemônico como SoCiDiVaPlu, o ideal seria perguntar-se por que o Brasil adota a dignidade da pessoa humana como fundamento da República? E buscar a resposta na origem do estado democrático de Direito e na adoção do princÃpio da dignidade da pessoa humana pelas principais democracias ocidentais após a Revolução Francesa.
Note que esse tipo de estudo requer um esforço maior do cérebro, pois concentra-se em compreender as causas de determinado fato, investigando suas origens.
Falando especificamente de concursos públicos, a interrogação elaborativa é um grande diferencial na hora de responder redações e questões discursivas.
Auto-Explicação – Utilidade Moderada
A auto-explicação mostrou-se ser uma técnica útil para aprendizagem de conteúdos mais abstratos. Na prática, trata-se de ler o conteúdo e explicá-lo com suas próprias palavras para você mesmo.
O estudo mostrou que a técnica é mais efetiva se utilizada durante o aprendizado, e não após o estudo.
Estudo Intercalado – Utilidade Moderada
A pesquisa procurou saber se era mais efetivo estudar tópicos de uma vez ou intercalando diferentes tipos de conteúdos de uma maneira mais aleatória.
Os cientistas concluÃram que a intercalação tem utilidade maior em aprendizados envolvendo movimentos fÃsicos e tarefas cognitivas (como ciências exatas).
O principal benefÃcio da intercalação, como já havÃamos observado, é fazer com que a pessoa consiga manter-se mais tempo estudando.
Teste Prático – Utilidade Alta
Realizar testes práticos sobre o que você está estudando é uma das duas melhores maneiras de aprendizagem. A pesquisa cientÃfica mostrou que realizar testes práticos é até duas vezes mais eficiente do que outras técnicas.
No caso especÃfico de concursos públicos, a recomendação é fazer toneladas de exercÃcios de provas anteriores. Não apenas do cargo para o qual você está estudando, mas qualquer tipo de questão que encontrar pela frente.
Como já recomendamos anteriormente, a maneira mais fácil de realizar testes é utilizando sistemas especÃficos para isso, como o site Questões de Concursos.
Prática DistribuÃda – Utilidade Alta
A prática distribuÃda consiste em distribuir o estudo ao longo do tempo, em vez de concentrar toda a aprendizagem em um bloco só (a.k.a. na véspera da prova).
Pesquisas mostram que o tempo ótimo de distribuição das sessões de estudo é de 10% a 20% do perÃodo que o conteúdo precisa ser lembrado. Por essa conta, se você quer lembrar algo por cinco anos, vocÊ deve espaçar seu aprendizado a cada seis meses. Se quer lembrar por uma semana, deve estudar uma vez por dia.
A prática distribuÃda também pode ser interpretada como a distribuição do estudo em pequenos perÃodos ao longo do dia, intervalando com perÃodos de descanso. Por exemplo, uma hora de manhã, uma hora à tarde e outra hora à noite.
Quais as suas técnicas de estudo?
Fonte: Mude
Ivo
Eu já usava essas técnicas em pequenas escalas, isso me ajuda muito. Agora com esse estudo vou intensificar “essa arte” de estudar. Funciona mesmo, principalmente “Utilidade Moderada e Utilidade alta”. Concordo com as técnicas apresentadas, pois funciona de verdade. Bons estudos!
Marcos Ferreira
Nossa quantas dicas, vou começar a por em prática já porque dar conta de trabalhar e estudar não está sendo nada fácil, rs
Vanessa Amorim
Gente esse site é muito bom, li alguns artigos dele e estou gostando muito. Geralmente eu uso algumas dessas técnicas para estudar em casa. Pena que não tenha caÃdo aqui antes.
Denis Garcia
Excelente artigo e dicas. Muito validas. Esta de parabéns.
renato
Vou seguir a risca essas 10 dicas . Obrigado
Juliano
Muito boas as dicas. Quebrando paradigmas que muitos acreditam!
Fernanda
Essas dicas definitivamente vieram em boa hora! Iria morrer de estudar com métodos de baixa eficiência.
Elias
Muito interesantes dicas de estudo.
Erick
ainda bem que essas técnicas existem; – o que seria de nós sem estas!
Yasmim
Muito boas as dicas… Vou usá-las agora no meu estudo para o enem.
Roberta
Surpreendentemente, as duas melhores técnicas são as que eu uso. Vou dormir mais feliz, hoje! Brincadeiras à parte,podemos conferir dicas muito úteis e totalmente praticáveis.
Reginaldo Barbosa de Oliveira
Olá amigos, adoro assuntos sobre decorar textos, uso diversas técnicas porém sabemos que não existe uma regra geral que sirva para todos. No meu caso a que acho mais eficaz é a junção entre associações e músicas. Fica a dica. Joe